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História e Geografia de Rondonópolis


Rondonópolis


História

O município originalmente era conhecida como "Ponte de Pedra", por causa do rio de mesmo nome que banha a região. Com a passagem da Comissão Rondon pela região, a fim de fazer levantamentos para a construção de linhas telegráficas, veio o tenente Otávio Pitaluga, que mediu e instituiu as diretrizes para uma futura cidade. Com esse projeto, a localidade foi rebatizada de Rondonópolis, em homenagem a Marechal Rondon, em 1918.

Até a década de 1940, a cidade permaneceu em decadência. Poxoréo, perto dali, era elevada a município e crescia com o garimpo, enquanto Rondonópolis ficava estagnada. Somente depois de 1947 a cidade se desenvolveria, com a instalação de colônias agrícolas pelo governo do estado. Começa a haver um fluxo de migração, inicialmente de outras partes do estado e também de Minas Gerais, São Paulo, do Nordeste e até de outros países, e mais tarde principalmente da região Sul.

O processo de expansão se acelera, e Rondonópolis passa pelo mais rápido processo de modernização do campo que se tem notícia na região Centro-Oeste. Já como pólo econômico, nas décadas de 1980 e 1990 fica conhecida como "Capital nacional do agronegócio".

Geografia

Rondonópolis faz limite com os municípios de Juscimeira, Poxoréo, Itiquira, São José do Povo, Pedra Preta e Santo Antônio do Leverger. A cidade é banhada pelos rios Vermelho, Tadarima, Arareau, Ponte de Pedra e Jurigue.

A região tem vegetação típica do cerrado, e o clima é tropical quente e subúmido, com chuvas concentradas na primavera e no verão.

A cidade está localizada em posição privilegiada, no entroncamento das rodovias BR-163 e BR-364, e, em breve, através da Ferronorte, ligada por ferrovia com os principais portos do país.

Economia

A economia é baseada no agronegócio, no comércio e na prestação de serviços. As lavouras de algodão e soja e o gado de corte e de leite são destaque. A indústria, também ligada ao campo, é composta basicamente por esmagadoras de soja, indústras têxteis, químicas e de fertilizantes, curtumes e outras. A cidade também é um importante pólo comercial, além de ser considerada "capital regional", por sua importância.

Demografia

Como quase todas cidades do estado, Rondonópolis cresceu muito de 1960 até os dias de hoje. De 22.554 habitantes em 1960 passou a 62.551 em 1970, 82.293 em 1980, 126.082 em 1991,150.227 em 2000 e mais de 180.000 em 2007.

Pontos turísticos

  • Cidade de pedra, um complexo rochoso e sítio arqueológico;
  • Parque Ecológico João Basso, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural;
  • Rio Ponte de Pedra, local de prática de esportes radicais;
  • Cais, às margens do Rio Vermelho; local para lazer, com bonitas paisagens ao entardecer.


"Roo"
Brasão de Rondonópolis
Bandeira de Rondonópolis
Brasão Bandeira
Hino
Fundação10 de dezembro de 1953
Gentílicorondonopolitano
Prefeito(a)JOSÉ CARLOS JUNQUEIRA DE ARAÚJO. (PMDB)
(2009 – 2012)
Localização
Localização de Rondonópolis
16° 28' 15" S 54° 38' 09" O16° 28' 15" S 54° 38' 09" O
Unidade federativa Mato Grosso
MesorregiãoSudeste Mato-Grossense IBGE/2008[1]
MicrorregiãoRondonópolis IBGE/2008[1]
Municípios limítrofesJuscimeira, Poxoréo, São José do Povo, Itiquira, Pedra Preta, Santo Antônio de Leverger
Distância até a capital230 km
Características geográficas
Área4.165,232 km²
População181.902 hab. est. IBGE/2009[2]
Densidade41,41 hab./km²
Altitude227 m
ClimaTropical subumido Awh
Fuso horárioUTC-4
Indicadores
IDH0,791 médio PNUD/2000[3]
PIBR$ 2.310.470 mil IBGE/2005[4]
PIB per capitaR$ 13.849,00 IBGE/2005[4]


Transporte

  • Rondonópolis conta com um moderno Terminal Rodoviário Alberto Luz ao norte da cidade.
  • O Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco se localiza a 16 km do centro da cidade, onde circulam cerca de 1.800 passageiros por mês, e apenas com uma linha aérea ativa, onde saem vôos para Cuiabá, Goiânia, São Paulo, Curitiba, entre outros.
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História e Geografia de Várzea Grande


Várzea Grande


A cidade de Várzea Grande nasceu da doação de uma sesmaria aos índios Guanás - considerados mansos pelos portugueses e hábeis canoeiros e pescadores - em 1832 por parte do Governo Imperial, daí a denominação "Várzea Grande dos Guanás". Foi caminho obrigatório das boiadas que vinham de Rosário do Rio Acima (hoje Rosário Oeste) em busca de Cuiabá.

Contudo, segundo a história tradicional, sua fundação está intimamente ligada ao acampamento militar construído durante a guerra com o Paraguai, supostamente nas imediações do atual centro da cidade - o Acampamento Couto Magalhães. No entanto, este acampamento militar, que dava suporte à capital do estado durante a guerra, e que foi estabelecido, a 15 de Maio de 1867, pelo General, advogado e mineiro da cidade de Diamantino José Vieira Couto de Magalhães, se localizava na margem esquerda do rio Cuiabá, ou seja, do lado da cidade de Cuiabá, próximo da barra do rio Coxipó.

Várzea Grande faz limite com os municípios de Cuiabá, Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal e Jangada. O território do município fazia parte de Cuiabá, antes de ser desmembrado. Entre as duas cidades há somente o rio Cuiabá como o limite.

O cerrado domina na região, com matas mais densas em beiras de rios e áreas úmidas, já se observando uma tendência de transição com o Pantanal. O clima é tropical, quente e úmido, com chuvas concentradas em janeiro, fevereiro e março e temperatura média anual de 26 °C.

Várzea Grande é um município brasileiro do estado de Mato Grosso que forma uma conurbação com a capital do estado Cuiabá, sendo as duas cidades separadas apenas pelo rio que empresta o seu nome à capital, o Rio Cuiabá (as duas somam mais de 750 mil habitantes). População quase que totalmente na área urbana, são 230 mil habitantes, de acordo com estimativas para 2007.

Várzea Grande é predominantemente comercial e industrial, sendo a agricultura de subsistência. Através de incentivos fiscais e doações de terras, indústrias se instalaram na região, constituindo, juntamente com a capital, o principal pólo industrial do estado.

População quase que totalmente na área urbana, são 230 mil habitantes, de acordo com estimativas para 2007.

O transporte público é feito por ônibus coletivo e táxis, além de moto-táxi, sendo conurbado com sua vizinha Cuiabá. E conta também com um modernizado aeroporto, que recebeu quase 900.000 passageiros em 2006.

Segundo o Detran do MT, a frota de Cuiabá e Várzea Grande é composta por um total de 292.219 veículos (215.174 e 77.045 respectivamente), sendo que 152.366 são automóveis (117.310 e 35.056 respectivamente) e 77.024 são motocicletas/motonetas (51.699 e 25.325 respectivamente) (est. RENAEST 2008).


Município de Várzea Grande
Brasão desconhecido
Bandeira de Várzea Grande
Brasão desconhecido Bandeira
Hino
Fundação15 de maio de 1867
Gentílicovarzeagrandense
Prefeito(a)Murilo Domingos (PPS)
(2005 – 2008)
Localização
Localização de Várzea Grande
15° 38' 49" S 56° 07' 58" O15° 38' 49" S 56° 07' 58" O
Unidade federativa Mato Grosso
MesorregiãoCentro-Sul Mato-Grossense IBGE/2008 [1]
MicrorregiãoCuiabá IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofesCuiabá
Distância até a capital6 km
Características geográficas
Área938,057 km²
População240.038 hab. est. IBGE/2009 [2]
Densidade245,6 hab./km²
Altitude190 m
Climatropical Awf
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Matemática


Matemática


A Matemática (do grego máthēma (μάθημα): ciência, conhecimento, aprendizagem; mathēmatikós (μαθηματικός): apreciador do conhecimento) é a ciência do raciocínio lógico e abstrato. Ela envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos ainda hoje se mantenham válidas e úteis, a Matemática continua permanentemente a modificar-se e a desenvolver-se.

Há muito tempo busca-se um consenso quanto à definição do que é a Matemática. No entanto, nas últimas décadas do século XX tomou forma uma definição que tem ampla aceitação entre os matemáticos: matemática é a ciência das regularidades (padrões). Segundo esta definição, o trabalho do matemático consiste em examinar padrões abstratos, tanto reais como imaginários, visuais ou mentais. Ou seja, os matemáticos procuram regularidades nos números, no espaço, na ciência e na imaginação e as teorias matemáticas tentam explicar as relações entre elas.

Uma outra definição seria que é a investigação de estruturas abstratas definidas axiomaticamente, usando a lógica formal como estrutura comum. As estruturas específicas geralmente têm sua origem nas ciências naturais, mais comumente na Física, mas os matemáticos também definem e investigam estruturas por razões puramente internas à matemática (matemática pura), por exemplo, ao perceberem que as estruturas fornecem uma generalização unificante de vários subcampos ou uma ferramenta útil em cálculos comuns.

História

O primeiro objeto conhecido que atesta a habilidade de cálculo é o osso de Ishango (uma fíbula de babuíno com riscos que indicam uma contagem), e data de 20.000 anos atrás. O desenvolvimento da matemática permeou as primeiras civilizações, e tornou possível o desenvolvimento de aplicações concretas: o comércio, o manejo de plantações, a medição de terra, a previsão de eventos astronômicos, e por vezes, a realização de rituais religiosos.

O estudo de estruturas matemáticas começa com a aritmética dos números naturais e segue com a extração de raízes quadradas e cúbicas, a resolução de algumas equações polinomiais de grau 2, a trigonometria e o cálculo das frações, entre outros tópicos.

Tais desenvolvimentos são creditados às civilizações acadiana, babilônica, egípcia, chinesa, ou ainda, àquelas do vale dos hindus. Na civilização grega, a matemática, influenciada pelos trabalhos anteriores, e pelas especulações filosóficas, tornaram-se mais abstratas. Dois ramos se distinguiram, a aritmética e a geometria. Além disto, formalizou-se as noções de demonstração e a definição axiomática dos objetos de estudo. Os Elementos de Euclides relatam uma parte dos conhecimentos geométricos na Grécia do século III a.d.

A civilização islâmica permitiu que a herança grega fosse conservada, e propiciou seu confronto com as descobertas chinesas e hindus, notadamente na questão da representação numérica. Os trabalhos matemáticos se desenvolveram consideravelmente tanto na trigonometria (introdução das funções trigonométricas), quanto na aritmética. Desenvolveu-se ainda a análise combinatória, a análise numérica e a álgebra de polinômios.

Durante o Renascentismo, uma parte dos textos árabes foram estudados e traduzidos para o latim. A pesquisa matemática, se concentrou então, na Europa. O cálculo algébrico se desenvolveu rapidamente com os trabalhos dos franceses Viète e René Descartes. Em seguida, Newton e Leibiniz descobriram a noção de cálculo infinitesimal e introduziram a noção de fluxor (vocábulo abandonado posteriormente). Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a matemática se desenvolveu fortemente com a introdução de novas estruturas abstratas, notadamente os grupos (graças aos trabalhos de Évariste Galois) sobre a resolubilidade de equações polinomiais, e os anéis definidos nos trabalhos de Richard Dedekind

Áreas e metodologia

As regras que governam as operações aritméticas são as da Álgebra elementar e as propriedades mais profundas dos números inteiros são estudadas na teoria dos números. A investigação de métodos para resolver equações leva ao campo da Álgebra abstrata, que, entre outras coisas, estuda anéis e corpos – estruturas que generalizam as propriedades possuídas pelos números. O conceito de vetor, importante para a física, é generalizado no espaço vetorial e estudado na Álgebra linear, pertencendo aos dois ramos da estrutura e do espaço.

O estudo do espaço se originou com a Geometria, primeiro com a Geometria euclidiana e a Trigonometria; mais tarde foram generalizadas nas geometrias não-Euclidianas, as quais cumprem importante papel na formulação da teoria da relatividade. A teoria de Galois permitiu resolverem-se várias questões sobre construções geométricas com régua e compasso. A Geometria diferencial e a Geometria algébrica generalizam a geometria em diferentes direções: a Geometria diferencial enfatiza o conceito de sistemas de coordenadas, equilíbrio e direção, enquanto na Geometria algébrica os objetos geométricos são descritos como conjuntos de solução de equações polinomiais. A teoria dos grupos investiga o conceito de simetria de forma abstrata e fornece uma ligação entre os estudos do espaço e da estrutura. A topologia conecta o estudo do espaço e o estudo das transformações, focando-se no conceito de continuidade.

Entender e descrever as alterações em quantidades mensuráveis é o tema comum das ciências naturais e o cálculo foi desenvolvido como a ferramenta mais útil para fazer isto. A descrição da variação de valor de uma grandeza é obtida por meio do conceito de função. O campo das equações diferenciais fornece métodos para resolver problemas que envolvem relações entre uma grandeza e suas variações. Os números reais são usados para representar as quantidades contínuas e o estudo detalhado das suas propriedades e das propriedades de suas funções consiste na análise real, a qual foi generalizada para análise complexa, abrangendo os números complexos. A análise funcional trata de funções definidas em espaços de dimensões tipicamente infinitas, constituindo a base para a formulação da mecânica quântica, entre muitas outras coisas.

Para esclarecer e investigar os fundamentos da matemática, foram desenvolvidos os campos da teoria dos conjuntos, lógica matemática e teoria dos modelos.

Quando os computadores foram concebidos, várias questões teóricas levaram à elaboração das teorias da computabilidade, complexidade computacional, informação e informação algorítmica, as quais são investigadas na ciência da computação

Uma teoria importante desenvolvida pelo ganhador do Prêmio Nobel, John Nash, é a Teoria dos jogos, que possui atualmente aplicações nos mais diversos campos, como no estudo de disputas comerciais.

Os computadores também contribuíram para o desenvolvimento da teoria do caos, que trata com o fato que muitos sistemas dinâmicos desobedecem a leis dinámias para obedecerem a leis lineares que, na prática, tornam seu comportamento imprevisível. A teoria do caos tem relações estreitas com a geometria dos fractais, como o conjunto de Mandelbrot e de Mary, descoberto por Lorenz, conhecido pelo Lorenz Attractor.

Um importante campo na matemática aplicada é a Estatística, que permite a descrição, análise e previsão de fenômenos aleatórios e é usada em todas as ciências. A análise numérica investiga os métodos para resolver numericamente e de forma eficiente vários problemas usando computadores e levando em conta os erros de arredondamento. A matemática discreta é o nome comum para estes campos da matemática úteis na ciência computacional.

Notação, linguagem e rigor


O símbolo do infinito em várias formas.

A maior parte da notação matemática em uso atualmente não havia sido inventada até o século XVI. Antes disso, os matemáticos escreviam tudo em palavras, um processo trabalhoso que limitava as descobertas matemáticas. No século XVIII, Euler foi responsável por muitas das notações em uso atualmente. A notação moderna deixou a matemática muito mais fácil para os profissionais, mas os iniciantes normalmente acham isso desencorajador. Isso é extremamente compreensivo : alguns poucos símbolos contém uma grande quantidade de informação. Assim como a notação musical, a notação matemática moderna tem uma sintaxe estrita e encode informações que seriam difíceis de escrever de outro modo.

A língua matemática pode também ser difícil para os iniciantes. Palavras como ou e apenas têm significados muito mais precisos do que a fala do dia-a-dia. Além disso, palavras como aberto e campo têm recebido um significado matemático específico. O jargão matemático inclui termos técnicos como homeomorfismo e integral. Mas há uma razão para a notação especial e o jargão técnico : matemática requer mais precisão do que a fala do dia-a-dia. Matemáticos se referem a essa precisão da linguagem e lógica como "rigor".

Matemática como ciência

Conceitos e tópicos

Quantidades

O estudo de quantidades começa com os números, primeiro os familiares números naturais, depois os inteiros, e as operações aritmética com eles, que é chamada de aritmética. As propriedades dos números inteiros são estudadas na teoria dos números, dentre eles o popular Último Teorema de Fermat. A teoria dos números também inclui dois grandes problemas que ainda não foram resolvidos : Conjectura dos primos gêmeos e Conjectura de Goldbach.

Conforme o sistema de números foi sendo desenvolvido, os números inteiros foram considerados como um subconjunto dos números racionais (frações). Esses, por sua vez, estão contidos dentro dos números reais, que são usados para representar quantidades contínuas. Números reais são parte dos números complexos. Esses são os primeiros passos da hierarquia dos números que segue incluindo quaterniões e octoniões.

Considerações sobre os números naturais levaram aos números transfinitos, que formalizam o conceito de contar até o infinito. Outra área de estudo é o tamanho, que levou aos números cardinais e então a outro conceito de infinito : os números Aleph, que permitem uma comparação entre o tamanho de conjuntos infinitamente largos.

1, 2, \ldots \pi, e, \sqrt{2},\ldots  i, 1+i, 2e^{i\pi/3},\ldots

Estrutura

Muitos objetos matemáticos, tais como conjuntos de números e funções matemáticas, exibem uma estrutura interna. As propriedades estruturais desses objetos são investigadas através do estudo de grupos, anéis, corpos e outros sistemas abstratos, que são eles mesmos tais objetos. Este é o campo da álgebra abstrata. Um conceito importante é a noção de vetor, que se generaliza quando são estudados os espaços vetoriais em álgebra linear. O estudo de vetores combina três das áreas fundamentais da matemática: quantidade, estrutura e espaço.

Espaço

O estudo do espaço se originou com a geometria[3] - em particular, com a geometria euclidiana. Trigonometria combina o espaço e os números, e contém o famoso teorema de pitágoras. O estudo moderno do espaço generaliza essas idéias para incluir geometria de dimensões maiores, geometria não-euclidiana (que tem papel central na relatividade geral) e topologia. Quantidade e espaço juntos fazem a geometria analítica, geometria diferencial, e geometria algébrica.

Transformações

Entender e descrever uma transformação é um tema comum na ciência natural e cálculo foi desenvolvido como uma poderosa ferramenta para investigar isso. Então as funções foram criadas, como um conceito central para descrever uma quantidade que muda com o passar do tempo. O rigoroso estudo dos números reais e funções reais são conhecidos como análise real, e a análise complexa a equivalente para os números complexos.

A hipótese de Riemann, uma das mais fundamentais perguntas não respondidas da matemática, é baseada na análise complexa. Análise funcional se foca no espaço das funções. Uma das muitas aplicações da análise funcional é a mecânica quantica. Muitos problemas levaram naturalmente a relações entre a quantidade e sua taxa de mudança, e esses problemas são estudados nas equações diferenciais. Muitos fenômenos da natureza podem ser descritos pelos sistemas dinâmicos; a teoria do caos descreve com precisão os modos com que muitos sistemas exibem um padrão imprevisível, porém ainda assim determinístico.

Fundações e Métodos

Para clarificar as fundações da matemática, campos como a matemática lógica e a teoria dos conjuntos foram desenvolvidos, assim como a teoria das categorias que ainda está em desenvolvimento.


Matemática Discreta

Matemática discreta é o nome comum para o campo da matemática mais geralmente usado na teoria da computação. Isso inclui a computabilidade, complexidade computacional e teoria da informação. Computabilidade examina as limitações dos vários modelos teóricos do computador, incluindo o mais poderoso modelo conhecido - a máquina de Turing.


Matemática Aplicada

Matemática aplicada considera o uso de ferramentas abstratas de matemática para solver problemas concretos na ciência, negócios e outras áreas. Um importante campo na matemática aplicada é a estatística, que usa a teoria da probabilidade como uma ferramenta e permite a descrição, análise e predição de fenômenos onde as chances tem um papel fundamental. Muitos estudos de experimentação, acompanhamento e observação requerem um uso de estatísticas.

Análise numérica investiga métodos computacionais para resolver eficientemente uma grande variedade de problemas matemáticos que são tipicamente muito grandes para a capacidade numérica humana; isso inclui estudos de erro de arredondamento ou outras fontes de error na computação.

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Biologia


Biologia

A biologia é o ramo da Ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja o estudo da vida). Debruça-se sobre o funcionamento dinâmico dos organismos desde uma escala molecular subcelular até o nível populacional e interacional, tanto intraespecíficamente quanto interespecíficamente, bem como a interação da vida com seu ambiente físico-químico. O estudo destas dinâmicas ao longo do tempo é chamado, de forma geral, de biologia evolutiva e contempla o estudo da origem das espécies e populações, bem como das unidades hereditárias mendelianas, os genes. A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas.

A vida não é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética molecular, no que se refere à célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia. A biologia do desenvolvimento estuda a vida ao nível do desenvolvimento ou ontogenia do organismo individual.

Subindo na escala para grupos de mais que um organismo, a genética estuda as bases da hereditariedade e da variação entre indivíduos. A etologia estuda o comportamento dos indivíduos. A genética populacional estuda a dinâmica dos alelos nas população, enquanto que a sistemática trabalha com linhagens de muitas espécies. As ligações de indivíduos, populações e espécies entre si e com os seus habitats são estudadas pela ecologia e as origens de tais interações pela biologia evolutiva. Uma nova área, altamente especulativa, a astrobiologia (ou xenobiologia) estuda a possibilidade de vida para lá do nosso planeta. A biologia clínica constitui a área especializada da biologia profissional, para Diagnose em saúde e qualidade de vida, dos processos orgânicos eticamente consagrados.

Princípios da biologia

Apesar de, ao contrário da física, a biologia não descrever os sistemas biológicos em termos de objectos que obedecem a leis imutáveis descritas de forma matemática, não deixa de ser caracterizada por um certo número de princípios e conceitos nucleares: universalidade, evolução, diversidade, continuidade, homeostase e interacção.

Universalidade: bioquímica, células e o código genético

Existem muitas unidades universais e processos comuns que são fundamentais para todas as formas de vida. Por exemplo, quase todas as formas de vida são constituídas por células que, por sua vez, funcionam segundo uma bioquímica comum baseada no carbono. A exceção a essa regra são os vírus e os príons, que não são compostos por células. Os primeiros assumem uma forma cristalizada inativa e só se reproduzem com o aparelho nuclear das células alvo. Os príons por sua vez, são proteínas auto replicantes-infectantes, que causam, por exemplo, a encefalopatia bovina espongiforme (ou "mal da vaca louca" ).

Todos os organismos transmitem a sua hereditariedade através de material genético baseado em ácidos nucleicos, podendo ser ou DNA (Ácido desoxirribonucléico) ou RNA (Ácido ribonucléico), usando um código genético universal. Durante o desenvolvimento o tema dos processos universais está também presente: por exemplo, na maioria dos organismos metazoários, os passos básicos do desenvolvimento inicial do embrião partilham estágios morfológicos semelhantes e envolvem genes similares.

Evolução: o princípio central da biologia

Um dos conceitos nucleares e estruturantes em biologia é que toda a vida descende de um ancestral comum mediante um processo de evolução. De fato, é uma das razões pelas quais os organismos biológicos exibem a notável similaridade de unidades e processos discutida na seção anterior. Charles Darwin estabeleceu a evolução como uma teoria viável ao enunciar a sua força motriz: a seleção natural. (Alfred Russel Wallace é comumente reconhecido como co-autor deste conceito). A deriva genética foi admitida como um mecanismo adicional na chamada síntese moderna. A história evolutiva duma espécie, que descreve as várias espécies de que aquela descende e as características destas, juntamente com a sua relação com outras espécies vivas, constituem a sua filogenia. A elaboração duma filogenia recorre às mais variadas abordagens, desde a comparação de genes no âmbito da biologia molecular ou da genómica até comparação de fósseis e outros vestígios de organismos antigos pela paleontologia. As relações evolutivas são analisadas e organizadas mediante vários métodos, nomeadamente a filogenia, a fenética e a cladística. Os principais eventos na evolução da vida, tal como os biólogos os vêem, podem ser resumidos nesta cronologia evolutiva.

Diversidade: a variedade dos organismos vivos

Apesar da unidade subjacente, a vida exibe uma diversidade surpreendente em termos de morfologia, comportamento e ciclos de vida. A classificação de todos os seres vivos é uma tentativa de lidar com toda esta diversidade, e o objecto de estudo da sistemática e da taxonomia. A taxonomia separa os organismos em grupos chamados taxa, enquanto que a sistemática procura estabelecer relações entre estes. Uma classificação científica deve reflectir as árvores filogenéticas, também chamadas árvores evolutivas, dos vários organismos.

Tradicionalmente, os seres vivos são divididos em cinco reinos:

Monera -- Protista -- Fungi -- Plantae -- Animalia

Contudo, vários autores consideram este sistema desactualizado. Abordagens mais modernas começam geralmente com o sistema dos três domínios:

Archaea (originalmente Archaebacteria) -- Bacteria (originalmente Eubacteria) -- Eukaryota

Estes domínios são definidos com base em diferenças a nível celular, como a presença ou ausência de núcleo e a estrutura da membrana exterior. Existe ainda toda uma série de parasitas intracelulares considerados progressivamente menos “vivos” em termos da sua actividade metabólica:

Homeostase: adaptação à mudança

A homeostase é a propriedade de um sistema aberto de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável mediante múltiplos ajustes de um equilíbrio dinâmico controlados pela interação de mecanismos de regulação. Todos os organismos, unicelulares e multicelulares, exibem homeostase. A homeostase pode-se manifestar ao nível da célula, na manutenção duma acidez (pH) interna estável, do organismo, na temperatura interna constante dos animais de sangue quente, e mesmo do ecossistema, no maior consumo de dióxido de carbono atmosférico devido a um maior crescimento da vegetação provocado pelo aumento do teor de dióxido de carbono na atmosfera. Tecidos e órgãos também mantêm homeostase.

Interacção: grupos e ambientes

Todo o ser vivo interage com outros organismos e com o seu ambiente. Uma das razões pelas quais os sistemas biológicos são tão difíceis de estudar é precisamente a possibilidade de tantas interacções diferentes com outros organismos e com o ambiente. Uma bactéria microscópica reagindo a um gradiente local de açúcar está a reagir ao seu ambiente exactamente da mesma forma que um leão está a reagir ao seu quando procura alimento na savana africana. Dentro duma mesma espécie ou entre espécies, os comportamentos podem ser cooperativos, agressivos, parasíticos ou simbióticos. A questão torna-se mais complexa à medida que um número crescente de espécies interage num ecossistema. Este é o principal objecto de estudo da ecologia.

Âmbito da biologia

A biologia tornou-se um campo de investigação tão vasto que geralmente não é estudada como uma única disciplina, mas antes dividida em várias disciplinas subordinadas. Considerámos aqui quatro grandes agrupamentos. O primeiro consiste nas disciplinas que estudam as estruturas básicas dos sistemas vivos: células, genes, etc.; um segundo agrupamento aborda o funcionamento destas estruturas ao nível dos tecidos, órgãos e corpos; um terceiro incide sobre os organismos e o seu ciclo de vida; um último agrupamento de disciplinas foca-se nas interacções. Note-se, contudo, que estas descrições, estes agrupamentos e as fronteiras entre estes são apenas uma descrição simplificada do todo que é a investigação biológica. Na realidade, as fronteiras entre disciplinas são muito fluidas e a maioria das disciplinas recorre frequentemente a técnica doutras disciplinas. Por exemplo, a biologia evolutiva apoia-se fortemente em técnicas da biologia molecular para determinar sequências de DNA que ajudam a perceber a variação genética dentro duma população; e a fisiologia recorre com frequência à biologia celular na descrição do funcionamento dos sistemas de órgãos.

Estrutura da vida

A biologia molecular é o estudo da biologia ao nível molecular, sobrepondo-se em grande parte com outras áreas da biologia, nomeadamente a genética e a bioquímica. Ocupa-se essencialmente das interacções entre os vários sistemas celulares, incluindo a correlação entre DNA, RNA e a síntese proteica, e de como estas interacções são reguladas.

A biologia celular estuda as propriedades fisiológicas das células, bem como o seu comportamento, interacções e ambiente, tanto ao nível microscópico como molecular. Ocupa-se tanto de organismos unicelulares como as bactérias, como de células especializadas em organismos multicelulares como as dos humanos.

Compreender a composição e o funcionamento das células é essencial para todas as ciências biológicas. Avaliar as semelhanças e as diferenças entre os diferentes tipos de células é particularmente importante para estas duas disciplinas, e é a partir destas semelhanças e diferenças fundamentais que emerge um padrão unificador que permite que os princípios deduzidos a partir dum tipo de célula sejam extrapolados e generalizados para outros tipos de célula.

A genética é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação entre organismos. Na investigação moderna, providencia ferramentas importantes para o estudo da função dum gene particular e para a análise de interacções genéticas. Nos organismos, a informação genética normalmente está nos cromossomas, mais concretamente, na estrutura química de cada uma das moléculas de DNA.

Os genes codificam a informação necessária para a síntese de proteínas que, por sua vez, desempenham um papel essencial, se bem que longe de absoluto, na determinação do fenótipo do organismo.

A biologia do desenvolvimento estuda o processo pelo qual os organismos crescem e se desenvolvem. Confinada originalmente à embriologia, nos nossos dias estuda o controle genético do crescimento e diferenciação celular e da morfogénese, o processo que dá origem aos tecidos, órgãos e à anatomia em geral. Entre as espécies privilegiadas nestes estudos encontram-se o nemátode Caenorhabditis elegans, a mosca-do-azeite Drosophila melanogaster, o peixe-zebra Brachydanio rerio ou Danio rerio, o camundongo Mus musculus, e a erva Arabidopsis thaliana.

Fisiologia dos organismos

A fisiologia estuda os processos mecânicos, físicos e bioquímicos dos organismos vivos, tentando compreender como as várias estruturas funcionam como um todo. É tradicionalmente dividida em fisiologia vegetal e fisiologia animal, mas os princípios da fisiologia são universais, independentemente do organismo estudado. Por exemplo, informação acerca da fisiologia duma célula de levedura também se aplica a células humanas, e o mesmo conjunto de técnicas e métodos é aplicado à fisiologia humana ou à de outras espécies, animais e vegetais.

A anatomia é uma parte importante da fisiologia e estuda a forma como funcionam e interagem os vários sistemas dum organismo, como, por exemplo, os sistemas nervoso, imunitário, endócrino, respiratório e circulatório. O estudo destes sistemas é partilhado com disciplinas da medicina como a neurologia, a imunologia e afins.

Diversidade e evolução dos organismos

A biologia evolutiva ocupa-se da origem e descendência de entidades biológicas (espécies, populações ou mesmo genes), bem como da sua modificação ao longo do tempo, ou seja, da sua evolução. É uma área heterogénea onde trabalham investigadores oriundos das mais variadas disciplinas taxonómicas, tais como a mamalogia, a ornitologia e a herpetologia, que usam o seu conhecimento sobre esses organismos para responder a questões gerais de evolução. Inclui ainda os paleontólogos que estudam fósseis para responder a questões acerca do modo e do tempo da evolução, e teóricos de áreas como a genética populacional e a teoria evolutiva. Na década de 1990, a biologia do desenvolvimento recuperou o seu papel na biologia evolutiva após a sua exclusão inicial da síntese moderna. Áreas como a filogenia, a sistemática e a taxonomia estão relacionadas com a biologia evolutiva e são por vezes consideradas parte desta.

As duas grandes disciplinas da taxonomia são a botânica e a zoologia. A botânica ocupa-se do estudo das plantas e abrange um vasto leque de disciplinas que estudam o seu crescimento, reprodução, metabolismo, desenvolvimento, doenças e evolução. A zoologia ocupa-se do estudo dos animais, incluindo aspectos como a sua fisiologia, anatomia e embriologia. Tanto a botânica como a zoologia se dividem em disciplinas menores especializadas em grupos particulares de animais e plantas. A taxonomia inclui outras disciplinas que se ocupam doutros organismos além das plantas e dos animais, como, por exemplo, a micologia, que estuda os fungos. Os mecanismos genéticos e de desenvolvimento partilhados por todos os organismos são estudados pela biologia molecular, pela genética molecular e pela biologia do desenvolvimento.

Classificação da vida

O sistema de classificação dominante é conhecido como taxonomia lineana, que inclui conceitos como a estruturação em níveis e a nomenclatura binomial. A atribuição de nomes científicos a organismos é regulada por acordos internacionais como o Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN), o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN), e o Código Internacional de Nomenclatura Bacteriana (ICNB). Um esboço dum código único foi publicado em 1997 numa tentativa de uniformizar a nomenclatura nas três áreas, mas que parece não ter sido ainda adoptado formalmente. O Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus (ICVCN) não foi incluído neste esforço de uniformização.

Interacções entre organismos

A ecologia estuda a distribuição e a abundância dos organismos vivos, e as interações dos organismos entre si e com o seu ambiente. O ambiente de um organismo inclui não só o seu habitat, que pode ser descrito como a soma dos fatores abióticos locais tais como o clima e a geologia, mas também pelos outros organismos com quem partilha o seu habitat. Os sistemas ecológicos são estudados a diferentes níveis, do individual e populacional ao do ecossistema e da biosfera. A ecologia é uma ciência multidisciplinar, recorrendo a vários outros domínios científicos.

A etologia estuda o comportamento animal (com particular ênfase nos animais sociais como os primatas e os canídeos) e é por vezes considerada um ramo da zoologia. Uma preocupação particular dos etólogos prende-se com a evolução do comportamento e a sua compreensão em termos da teoria da seleção natural. De certo modo, o primeiro etólogo moderno foi Charles Darwin, cujo livro The expression of the emotions in animals and men influenciou muitos etólogos.

História da Biologia

Formado por combinação do grego βίος (bios), que significa vida, e λόγος (logos), que significa palavra, ideia, a palavra biologia no seu sentido moderno parece ter sido introduzida independentemente por Gottfried Reinhold Treviranus (Biologie oder Philosophie der lebenden Natur, 1802) e por Jean-Baptiste Lamarck (Hydrogéologie, 1802). A palavra propriamente dita pode ter sido cunhada em 1800 por Karl Friedrich Burdach, mas aparece no título do Volume 3 da obra de Michael Christoph Hanov Philosophiae naturalis sive physicae dogmaticae: Geologia, biologia, phytologia generalis et dendrologia, publicada em 1766.

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Física


Física

Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais, ou seja, tudo o que ocorre ao nosso redor. Trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados destas forças. O termo vem do grego φύσις (physis), que significa natureza, pois nos seus primórdios ela estudava, indistintamente, muitos aspectos do mundo natural. A Física difere da Química, ao lidar menos com substâncias específicas e mais com a matéria exata em geral, embora existam áreas que se cruzem, como a Físico-química (intimidade da matéria). Dessa forma, os físicos estudam uma vasta gama de fenômenos físicos, em diversas escalas de comprimento: das partículas subatômicas, das quais toda a matéria é originada, até o comportamento do universo material como um todo (Cosmologia).

A Física é uma das mais antigas disciplinas académicas, talvez a mais velha de todas através da sua inclusão na astronomia. Ao longo dos dois últimos milénios, a física foi considerada sinónimo de filosofia, química e certos ramos da matemática e biologia mas durante a Revolução Científica no século XVI, ela tornou-se uma ciência única e moderna por mérito próprio. Contudo, em algumas áreas como a física matemática e a química quântica, as fronteiras da física mantêm-se difícil de distinguir.

A Física é tanto significante como influente, em parte porque os avanços na sua compreensão foram muitas vezes traduzidos em novas tecnologias, mas também porque as novas ideias na física muitas vezes ressoam com as outras ciências, matemáticas e filosóficas. Por exemplo, avanços na compreensão do electromagnetismo influenciaram directamente o desenvolvimento de novos produtos que transformaram dramaticamente a sociedade moderna. (ex: televisão, computadores e electrodomésticos); avanços na termodinâmica influenciaram o desenvolvimento do transporte motorizado; e avanços na mecânica inspiraram o desenvolvimento do cálculo.

Como ciência, a Física faz uso do método científico. Baseia-se na Matemática e na Lógica para a formulação de seus conceitos.


Divisões

Um sistema de divisão da Física pode ser feito, levando-se em conta a magnitude do objeto em análise. A física quântica trata do universo do muito pequeno, dos átomos e das partículas que compõem os átomos; a física clássica trata dos objetos que encontramos no nosso dia-a-dia; e a física relativística trata de situações que envolvem grandes quantidades de matéria e energia.

A divisão mais tradicional, no entanto, é aquela feita de acordo com as propriedades mais estudadas nos fenômenos. Daí, temos a Mecânica, quando se estudam objetos a partir de seu movimento ou ausência de movimento, e também as condições que provocam esse movimento; a Termodinâmica, quando se estudam o calor, o trabalho, as propriedades das substâncias, os processos que as envolvem e as transformações de uma forma de energia em outra; o Eletromagnetismo quando se analisam as propriedades elétricas, aquelas que existem em função do fluxo de elétrons nos corpos; a Ondulatória, que estuda a propagação de energia pelo espaço; a Óptica, que estuda os objetos a partir de suas impressões visuais; a Acústica, que estuda os objetos a partir das impressões sonoras; e mais algumas outras divisões menores.

Áreas da Física

Áreas principais
  • Mecânica
    • Cinemática
    • Dinâmica
    • Estática
    • Hidrostática
    • Hidrodinâmica
    • Aerostática
    • Aerodinâmica
  • Termologia
    • Termodinâmica
    • Calorimetria
    • Termometria
  • Ondulatória
  • Acústica
  • Óptica
  • Electromagnetismo
    • Magnetismo
    • Eletricidade
    • Física de Semicondutores
  • Física Moderna
  • Teoria da relatividade
    • Relatividade geral
    • Relatividade restrita
  • Física de Partículas
    • Física Subatômica
  • Física Atômica
  • Física Molecular
  • Física Nuclear
  • Mecânica Quântica
  • Mecânica Estatística
Aplicações na tecnologia
  • Eletrônica
  • Física computacional
Outras áreas
  • Física de Materiais
  • Mecânica estatística
  • Física Matemática
  • Física de Plasmas
  • Oceanografia
  • Econofísica
  • Física atmosférica
  • Astrofísica
Aplicações em outras ciências
  • Físico-química (na química)
  • Astrofísica (na astronomia)
  • Geofísica (na geologia)
  • Biofísica (na biologia)
    • Neurobiofísica (na neurociência)
  • Física Médica (na medicina)
  • Agrofísica (na agronomia)
  • Econofísica (em finanças)

Técnicas da Mecânica Estatística têm encontrado aplicações em neurociência, economia, teoria da informação e teoria da computação.

Filosofia da Física

Muito sobre a filosofia que envolve a Física pode ser encontrado em Filosofia, Metafísica, Ciência e método científico. Entretanto, existem filosofias peculiares da Física.

Um exemplo de filosofia física é o Determinismo Científico, que diz que tudo que existe não passa de partículas e que o movimento dessas partículas é determinado para sempre quando determina-se a posição e a velocidade da partícula no momento atual. Ou seja, conhecendo a posição de todas as coisas e a sua velocidade, poderia se conhecer todo o passado e o futuro. O determinismo stricto sensu não existe na Física Quântica, pela qual só se pode determinar probabilidades de posições e velocidades, nunca valores exatos.

Um exemplo de filosofia muito forte entre os físicos é o Reducionismo. Segundo essa linha de pensamento, é possível escrever leis básicas que descrevem o comportamento do Universo. Todo tipo de conhecimento poderia ser reduzido a essas leis básicas. Por exemplo, acredita-se que todos os fenômenos químicos possam ser deduzidos da Física Quântica, se o número de cálculos envolvidos for viável. Um dos propósitos da Física, talvez o principal, é encontrar essas leis básicas que regem o Universo. O Reducionismo coloca a Física na posição da ciência mais básica de todas, pois, a partir dela, seria possível obter-se todas as outras. Isso quer dizer que todos os conceitos das outras ciências poderiam ser reduzidos a conceitos físicos. Entretanto, ao contrário do que pode parecer, essa visão não tenta caracterizar as outras ciências como inúteis, pois o conhecimento das leis básicas não garante que seja viável tratar sistemas complexos sem se utilizar de conceitos derivados delas. Por exemplo, muitos conceitos da Química são úteis porque não é viável nem necessário tratar os sistemas puramente com Física Quântica.

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Química

Química.

Química (do egípcio kēme (chem), significando "terra") é a ciência que trata das substâncias da natureza, dos elementos que a constituem, de suas características, propriedades combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua identificação. Estuda a maneira pela qual os elementos se ligam e reagem entre si, bem como a energia desprendida ou absorvida durante estas transformações.

História

A história da Química está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do homem, já que abarca todas as transformações de matérias e as teorias correspondentes.

Os primeiros passos

A ciência química surge no século XVII, a partir dos estudos de alquimia, populares entre muitos dos cientistas da época. Considera-se que os princípios básicos da Química se recolhem pela primeira vez, na obra do cientista britânico Robert Boyle: The Sceptical Chymist (1661). A Química, como tal, começa um século mais tarde, com os trabalhos do francês Antoine Lavoisier e suas descobertas em relação ao oxigênio, à lei da conservação da massa e à refutação da teoria do flogisto como teoria da combustão.

A racionalização da Química

Um ponto crucial no desenvolvimento da Química, como ciência, foi a racionalização dos conhecimentos empíricos obtidos, procurando criar leis racionais e simplificar, de forma coerente, as informações obtidas. O princípio de conservação da massa e o entendimento da influência da composição da atmosfera nos experimentos -- ambos amplamente disseminados a partir dos trabalhos de A. Lavoisier, no final do século XVIII--permitiram que os experimentos se tornassem cada vez mais rigorosos e precisos, em oposição ao caráter qualitativo das experimentações alquimistas.

A partir desse momento, a medição de massas assume um caráter fundamental na história da Química, tendo sido esse o principal impulsor para o desenvolvimento da balança, a partir da época de Lavoisier, tendo ele próprio construído os equipamentos mais precisos desse período.

A hipótese atomística

Uma das maiores vitórias da Química, devido ao uso de balanças nos experimentos, foi, sem dúvida, devida a John Dalton. Esse cientista inglês ficou intrigado com o fato de que, ao decompor qualquer substância em seus constituintes mais simples, as razões entre as massas das diversas substâncias obtidas poderem ser sempre escritas a partir de números inteiros de pequeno valor, ocorrendo frequentemente razões, do tipo 1:2, 2:3, 5:2 etc.

Com base nesse curioso dado experimental, Dalton propôs, em 1881, um modelo para a constituição da matéria: tais dados seriam facilmente explicados se toda a matéria fosse constituída por unidades indivisíveis, nomeadas de átomo (do grego "indivisível"). Tal conceito, cuja primeira descrição provinha do filósofo grego Demócrito, agora surgia, naturalmente, de medidas quantitativas rigorosas.

A racionalização da matéria

A teoria atomística de Dalton teve importantes repercussões. Baseado em dados experimentais, um cientista francês, chamado Joseph Proust, já tinha proposto formalmente o conceito de que toda substância tinha uma composição constante e homogênea. Assim, a água, por exemplo, independente de sua origem, era sempre composta pela mesma proporção de dois gases: oxigênio e hidrogênio. Juntando esse conceito e seus postulados atomísticos, Dalton organizou de forma racional as diversas substâncias conhecidas, criando uma tabela de substâncias que seriam formadas por apenas um tipo de átomo, e substâncias que eram formadas por uma combinação característica de átomos.

Assim, tanto a grafite como os gases hidrogênio e oxigênio, por exemplo, eram formados apenas por um tipo de átomo, enquanto que outras substâncias, como a água, eram formadas pela combinação de dois ou mais átomos, nesse caso, dos elementos hidrogênio e oxigênio (as dificuldades de obter certos dados com uma precisão razoável levaram Dalton a propor erroneamente para a água a fórmula HO, em vez de H2O). Apesar das dificuldades experimentais, Dalton propôs formulas certas para diversos compostos conhecidos na época, tendo seu trabalho revolucionado de forma definitiva o entendimento da matéria.

Conceitos fundamentais

Fases ou estados da matéria são conjuntos de configurações que objetos macroscópicos podem apresentar. São três os estados ou fases considerados: sólido, líquido e gasoso. Outros tipos de fases da matéria, como o estado pastoso ou o plasma, são estudados em níveis mais avançados de física.

No estado sólido, considera-se que a matéria do corpo mantém a forma macroscópica e a posição relativa de suas partículas. É particularmente estudado nas áreas da Estática e da Dinâmica. No estado líquido, o corpo mantém a quantidade de matéria e, aproximadamente, o volume; a forma e a posição relativa das partículas não se mantêm. É particularmente estudado nas áreas da Hidrostática e da Hidrodinâmica. No estado gasoso, o corpo mantém apenas a quantidade de matéria, podendo variar, amplamente, a forma e o volume. É particularmente estudado nas áreas da aerostática e da aerodinâmica.

Uma substância possui uma composição característica, determinada, e um conjunto definido de propriedades. Exemplos de substâncias são o cloreto de sódio, a sacarose e o oxigênio, entre outros. Uma substância pode ser formada por um único elemento químico (substância simples), como, por exemplo, o ouro, o ferro ou o cobre, ou por dois ou mais elementos, numa proporção definida (substância composta), como é o caso do cloreto de sódio (39,34% de sua massa é de sódio e 60,66%,de cloro).

Duas ou mais substâncias agrupadas constituem uma mistura, cuja composição e propriedade são variáveis. O leite, por exemplo, é uma mistura.

Denominam-se elemento químico todos os átomos que possuem o mesmo número atômico (Z), ou seja, o mesmo número de prótons.

Um composto químico é uma substância química constituída por moléculas ou cristais de dois ou mais átomos, ou íons, ligados entre si numa proporção fixa e definida, isto é, as proporções entre elementos de uma substância não podem ser alteradas por processos físicos. Por exemplo, a água é um composto formado por hidrogênio e oxigênio, na proporção de dois para um.

Um íon ou ião é uma espécie química eletricamente carregada, geralmente um átomo ou molécula que perdeu ou ganhou elétrons. Íons carregados negativamente são conhecidos como ânions, ou aniões' (que são atraídos para ânodos), enquanto íons carregados positivamente são conhecidos como cátions, ou catiões (que são atraídos por cátodos).

Uma molécula é um conjunto, electricamente neutro, de dois ou mais átomos unidos por pares compartilhados de elétrons (ligações covalentes), que se comportam como uma única partícula. Uma substância que apresente somente ligações covalentes e seja formada por moléculas discretas é chamada de substância molecular, cuja ligação suficientemente forte caracteriza-a com uma identidade estável.

As ligações químicas são uniões estabelecidas entre átomos para formarem as moléculas, que constituem a estrutura básica de uma substância ou composto. Na Natureza, existem, aproximadamente, uma centena de elementos químicos. Os átomos desses elementos químicos, ao se unirem, formam a grande diversidade de substâncias químicas.

Energia química é a energia potencial das ligações químicas entre os átomos. Sua liberação é percebida mais claramente, por exemplo, numa combustão. A energia química é liberada ou absorvida em qualquer reação química.

Uma reação química é uma transformação da matéria, na qual ocorrem mudanças qualitativas na composição química de uma ou mais substâncias reagentes, resultando em um ou mais produtos.

A tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. É muito útil para se preverem as características e tendências dos átomos.

Leis da química

As reações químicas são governadas por certas leis que trazem conceitos fundamentais em Química. Algumas delas são:

  • Lei da conservação das massas, que, de acordo com alguns físicos modernos, considera que a energia é conservada, e que massa e energia são relacionadas; um conceito que se torna importante em química e física nuclear.
  • Lei da conservação da energia que conduz aos importantes conceitos de equilíbrio, termodinâmica, e cinética.
  • Lei de Proust ou "lei das proporções constantes", embora em muitos sistemas (notadamente macromoléculas bioquímicas e minerais) as variedades possíveis tendem a requerer vastos números, e são freqüentemente representados como frações.
  • Lei das proporções múltiplas
  • Lei de Hess
  • Lei de Beer-Lambert
  • Lei da difusão de Fick
  • Lei de Raoult
  • Lei de Henry
  • Lei de Boyle (1662, relacionando pressão e volume)
  • Lei de Charles (1787, relacionando volume e temperatura)
  • Lei de Gay-Lussac (1809, relacionando pressão e temperatura)
  • Lei de Avogadro

Áreas de estudo e algumas de suas subdivisões

Alerta

Antes de adentrarmos nos tópicos e subáreas da Química é preciso refazer o conceito errôneo que existe sobre a mesma. A mídia e os vestibulares fazem da Química uma mera disciplina ou relaciona logo a produto perigoso. É mais fácil divulgar acidentes do que descorbertas. Portanto, temos que nos conscientizar que não existe Química boa e nem Química ruim; tudo depende de quam a utiliza.

A divisão da Química pode ser feita de diversas maneiras.

Por exemplo, a IUPAC divide a química em :

  • Química física e biofísica
  • Química inorgânica
  • Química orgânica e química biométrica
  • Polímeros
  • Química analítica
  • Química e meio ambiente
  • Química e saúde humana
  • Nomenclatura química e representação estrutural

Mais tradicionalmente, a Química pode, também, ser dividida em diversas modalidades:

  • Química orgânica
É a ciência da estrutura, das propriedades, da composição e das reações químicas dos compostos orgânicos que, em principio, são os compostos cujo elemento principal é o carbono. O limite entre a química orgânica e a química inorgânica, que segue, não é sempre nítido; por exemplo, o óxido de carbono (CO) e o anidrido carbônico (CO2) não fazem parte da Química Orgânica.
  • Química inorgânica
É o ramo da Química que trata das propriedades e das reações dos compostos inorgânicos. Neste, é incluída a geoquímica
  • Físico-Química ou Química Física
É o estudo dos fundamentos físicos dos sistemas químicos e dos processos físicos. Em particular, a descrição energética das diversas transformações faz, por exemplo, parte desse ramo da Química. Nela, encontram-se disciplinas importantes, como a termodinâmica química e a termoquímica, a cinética química, a mecânica estatística, a espectroscopia e a eletroquímica.
  • Bioquímica ou Química Biológica
É o estudo dos compostos químicos, das reações químicas e das interações químicas que acontecem nos organismos vivos.Inclui os subramos da química médica, química clínica, química ambiental, toxicologia e bioquímica em si. Guardita relação com os outros ramos da química.
  • Química analítica
É o estudo de amostras de material, para se conhecerem a sua composição química e sua estrutura.
  • Química nuclear
É o estudo dos fenômenos materiais e energéticos que aparecem no nível do núcleo dos átomos.
  • Química dos polímeros
Alguns elementos, como o carbono e o silício, têm a propriedade de poderem formar cadeias repetindo numerosas vezes a mesma estrutura. Essas macromoléculas têm propriedades químicas e físicas exploradas pela indústria.

Química em tópicos

  • Química inorgânica - estuda as substâncias inorgânicas.
  • Química orgânica - estuda as substâncias orgânicas.
  • Química analítica - trata da análise química de produtos.
  • Físico-química - estuda as propriedades químicas e físicas da matéria.
  • Bioquímica - trata dos processos químicos relativos aos seres vivos.
  • Química industrial - estudo de reações com interesse em processos industriais (ver verbetes engenharia química e cálculo de reatores).
  • Química ambiental-estuda os processos químicos (mudanças) que ocorrem no meio ambiente
  • Química medicinal - estudo da aplicação da Química ao planejamento, avaliação e síntese de novos fármacos.
  • Química Clínica- estudo e análise da Química e da Bioquímica do ser humano, em seus estados fisiológicos normal ou patológico.
  • Toxicologia- estuda os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos
  • Farmacologia- estuda como as substâncias químicas reagem com os organismos vivos
  • Química forense- estuda as aplicações das ciências químicas no âmbito judicial e criminal
  • Petroquímica - trata da obtenção e refinação do petróleo.
  • Mineralogia
  • Engenharia Química - ramo da Engenharia dedicado ao projeto e estudo de Indústrias de Processos Químicos.
  • Cálculo de Reatores - ramo da Engenharia Química que estuda o projeto de conjuntos de reatores industriais.
  • Carboquímica - trata de processos envolvendo o carvão mineral.
  • Catálise química - trata de procedimentos que alteram a cinética das reações.
  • Ciência dos materiais - trata da composição, resistência e durabilidade de materiais.
  • Cinética química - trata da velocidade das reações químicas.
  • Combustão - trata das substâncias usadas na produção de energia.
  • Eletroquímica - trata de reações químicas envolvendo energia elétrica.
  • Estequiometria - Estudo quantitativo acerca dos reagentes e produtos de uma reação química.
  • Química Quântica
  • Operações Unitárias - ramo da Engenharia Química que estuda o projeto de equipamentos industriais de transformações físicas (por exemplo, filtração, destilação, cominuição, decantação, aquecimento), em oposição às Conversões Químicas (Cálculo de Reatores).
  • Termoquímica - trata de reações químicas envolvendo energia térmica.

Tópicos Especiais

  • Estudo da Corrosão
  • Estudo da Combustão
  • Estudo das Ligações químicas
  • Estudo dos Orbitais atômicos
  • Isomerismo
  • Problemas insolúveis da Química
  • Nomenclatura química
  • Tabela periódica -

Literatura em Química

Além dos livros didáticos ou específicos sobre tópicos da Química no mundo, são publicados, diariamente, centenas de artigos técnicos e científicos. Há milhares de jornais e revistas periódicas de Química. A principal fonte de referência para uma pesquisa bibliográfica sobre os assuntos tratados na área química é o Chemical Abstracts, publicado pela American Chemical Society, o qual contém resumos dos principais artigos publicados mundialmente.

Química - O estudo das interações das substâncias químicas e com a energia, baseado nas estruturas dos átomos, moléculas e outros tipos de agregações.
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História e Geografia de Cuiabá

Cuiabá

Cuiabá é um município brasileiro e a capital do estado brasileiro do Mato Grosso. O município está situado às margens do rio de mesmo nome, na sua margem esquerda, e forma uma conurbação com o município de Várzea Grande. Segundo a estimativa realizada em 2008 pelo IBGE, a população de Cuiabá é de 544.737 habitantes, enquanto que a população da conurbação ultrapassa os 780 mil habitantes. Já a sua região metropolitana possui 815.392 habitantes.

Fundada em 1719, ficou praticamente estagnada desde o fim das jazidas de ouro até o início do século XX. Desde então, apresentou um crescimento populacional acima da média nacional, atingindo seu auge nas décadas de 1970 e 1980.

Nos últimos 15 anos, o crescimento diminuiu, acompanhando a queda que ocorreu na maior parte do país. Hoje, além das funções político-administrativas, é o pólo industrial, comercial e de serviços do estado. É conhecida como "cidade verde", por causa da grande arborização.

Etimologia

Há várias versões para a origem do nome "Cuiabá". Uma delas diz que o nome tem origem na palavra Bororo ikuiapá, que significa "lugar da ikuia" (ikuia: flecha-arpão, flecha para pescar, feita de uma espécie de cana brava; : lugar). O nome designa uma localidade onde os bororos costumavam caçar e pescar com essa flecha, no córrego da Prainha, afluente da esquerda do rio Cuiabá. Outra explicação possível é a de que Cuiabá seria uma aglutinação de kyyaverá (que em guarani significa "rio da lontra brilhante") em cuyaverá, depois cuiavá e finalmente cuiabá.

Uma terceira hipótese diz que a origem da palavra está no fato de existirem árvores produtoras de cuia à beira do rio, e que "Cuiabá" seria "rio criador de vasilha" (cuia: vasilha e abá: criador). Martius traduz o vocábulo como "fabricante ou fazedor de cuias". Teodoro Sampaio interpreta, duvidando da origem tupi, como "homem da farinha", o farinheiro. De cuy: farinha e abá: homem. Há ainda outras versões menos embasadas historicamente, que mais se aproximam de lenda do que de fatos. O certo é que até hoje não se sabe com certeza a origem do nome.

História

Os primeiros indícios de bandeirantes paulistas na região onde hoje fica cidade datam de entre 1673 e 1682, quando da passagem de Manoel de Campos Bicudo pela região. Ele fundou o primeiro povoado da região, onde o rio Coxipó deságua no Cuiabá, batizado de São Gonçalo.

Em 1718, chega ao local, já abandonado, a bandeira do sorocabano Pascoal Moreira Cabral. Em busca de indígenas, Moreira Cabral sobe pelo Coxipó, onde trava uma batalha, perdida, com os índios coxiponés. Com o ocorrido, voltam e, no caminho, encontram ouro. Deixam, então, a captura de índios para se dedicar ao garimpo. Pascoal Moreira foi eleito, em uma eleição direta, em plena selva, em 1719, comandante da região de Cuiabá.

Em 8 de abril de 1719, Pascoal assina a ata da fundação de Cuiabá no local conhecido como Forquilha, às margens do Coxipó, de forma a garantir os direitos pela descoberta à Capitania de São Paulo. A notícia da descoberta se espalha e a imigração para a região torna-se intensa.

Em outubro de 1722, índios escravos de Miguel Sutil, também bandeirante sorocabano, descobrem às margens do córrego da Prainha grande quantidade de ouro, maior que a encontrada anteriormente na Forquilha. O afluxo de pessoas torna-se grande e até a população da Forquilha muda-se para perto desse novo achado. Em 1723, já está erguida a igreja matriz dedicada ao Senhor Bom Jesus de Cuiabá, onde hoje é a basílica.

Já em 1726, chega o capitão-general governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo César de Menezes, como representante do Estado português na cobrança de imposto. Em 1º de janeiro de 1727, Cuiabá é elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

Tem-se muito confundido a fundação do arraial da Forquilha por questões ideológicas. Estudos historiográficos há muito já traçam a diferença entre uma e outra fundação, alegando-se que 1° de janeiro seria a data de elevação do arraial da Forquilha à categoria de vila, o que é um dissenso, pois não se pode fundar um município num lugar que só viria a ser descoberto anos depois. Porém, a data de 8 de abril se firmou enquanto data do município, desejosa de ser a primeira do oeste brasileiro. Logo, contudo, as lavras mostraram-se menores que o esperado, o que acarretou um abandono de parte da população.

Cuiabá foi elevada à condição de cidade em 17 de setembro de 1818, tornando-se a capital da então província de Mato Grosso em 28 de agosto de 1835 (antes a capital era Vila Bela da Santíssima Trindade). Mas, mesmo a mudança da capital para o município não é suficiente para impulsionar o desenvolvimento. Com a Guerra do Paraguai, Mato Grosso é invadido. Várias cidades são atacadas, mas as batalhas não chegam à capital. A maior baixa se dá com uma epidemia de varíola trazida pelos soldados que retomaram dos paraguaios o município de Corumbá. Metade dos cerca de 12 mil habitantes morre infectada.

Somente após a Guerra do Paraguai e o retorno da navegação pelas bacias dos rios Paraguai, Cuiabá e Paraná é que o município se desenvolve economicamente. A economia esteve nesse período baseada na cana-de-açúcar e no extrativismo. Esse momento produtivo não duraria muito e o município volta a ficar estagnado, desta vez até 1930. A partir dessa data, o isolamento é quebrado com as ligações rodoviárias com Goiás e São Paulo e a aviação comercial. A explosão no crescimento se dá depois da década de 1950, com a transferência de Capital Federal e o programa de povoamento do interior do país.

Nas décadas de 1970 e 1980, o município cresce muito, mas os serviços e a infra-estrutura não se expandem com a mesma rapidez. O agronegócio se expande pelo estado e o município começa a se modernizar e se industrializar. Depois de 1990, a taxa de crescimento populacional diminui e o turismo começa a ser visto como fonte de renda. Com quase 530 mil habitantes, o município convive com o trânsito tumultuado, a violência crescente, a falta de saneamento básico e a desigualdade social.

Símbolos

Cuiabá possui três símbolos oficiais: brasão, bandeira e hino.

O Brasão foi oficializado pela Lei N.º 592, de 13 de Setembro de 1961, assinada pelo prefeito Aecim Tocantins, a partir do original, criado em Lisboa quando da sua fundação em 1º de janeiro de 1727. Segue inscrição extraída da Ata de Fundação do município: "declarou que sejam as Armas, de que usasse, um escudo dentro com campo verde e nele um morro ou monte todo salpicado com folhetos e granetos de ouro; e, por timbre, em cima do escudo, uma fênix…".

A Bandeira foi criada pelo Sr. Nilton Benedito de Santana, que contou com o apoio do jornalista Pedro Rocha Jucá, e oficializada pelo prefeito José Villanova Torres, através do Decreto nº 241, de 29 de Dezembro de 1972, que diz no Artigo 1º: "Fica oficializada a Bandeira Municipal de Cuiabá, com as seguintes características: a- um retângulo verde e branco; b- em primeiro plano, com as bordaduras ou círculo na cor amarelo ouro, com a inscrição em letras vermelhas: "VILA REAL DO BOM JESUS DE CUIABÁ - 1719". c- no centro o marco estereotipado na cor verde, representando o centro geográfico da América do Sul: logo abaixo, geometricamente triangulado, os vértices do marco representando um monte de ouro, símbolo da riqueza mineral de Cuiabá".

O Hino foi oficializado pela Lei N.º 633, de 10 de Abril de 1962. O seu artigo segundo, que nem sempre é cumprido, diz: "Será obrigatório em todas as solenidades da Prefeitura Municipal que houver participação musical, quando o encerramento se der com o toque do Hino de Cuiabá".

Geografia

Cuiabá faz limite com os municípios de Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande, Jangada e Acorizal. É um entroncamento rodoviário-aéreo-fluvial e o centro geodésico da América do Sul, nas coordenadas 15°35'56",80 de latitude sul e 56°06'05",55 de longitude oeste. Situado na atual praça Pascoal Moreira Cabral, foi determinado por Marechal Cândido Rondon, em 1909 (o correto ponto do centro geodésico já foi contestado, mas cálculos feitos pelo Exército Brasileiro confirmaram as coordenadas do marco calculadas por Rondon).

O município é cercado por três grandes ecossistemas: a amazônia, o cerrado e o pantanal; está próximo da Chapada dos Guimarães e ainda é considerado a porta de entrada da floresta amazônica. A vegetação predominante no município é o cerrado, desde suas variantes mais arbustivas até as matas mais densas à beira dos cursos d'água.

Cuiabá é abastecida pelo rio Cuiabá, afluente do Rio Paraguai e limite entre a capital e Várzea Grande. O município se encontra no divisor de águas das bacias Amazônica e Platina e é banhado também pelos rios Coxipó-Açu, Pari, Mutuca, Claro, Coxipó, Aricá, Manso, São Lourenço, das Mortes, Cumbuca, Suspiro, Coluene, Jangada, Casca, Cachoeirinha e Aricazinho, além de córregos e ribeirões.

O clima é tropical quente e úmido. As chuvas se concentram de setembro à abril, enquanto que no resto do ano as massas de ar seco sobre o centro do Brasil inibem as formações chuvosas. Nesses meses são comuns a chegada de frentes frias vindas do sul do país, deixando o clima Frio e úmido. Quando essas frentes se dissipam, o calor, associado à fumaça produzida pelas constantes queimadas nessa época, faz a umidade relativa do ar cair a níveis baixos, às vezes abaixo dos 15%, aumentando os casos de doenças respiratórias. A precipitação média anual de 1.469,4 mm, com intensidade máxima em janeiro, fevereiro e março. A temperatura máxima média chega a 34,1°C, mas as máximas absolutas chegam a mais de 40°C. A mínima média em julho, o mês mais frio, é de 16,0°C.E segundo o INMET(1961-1990) a menor temperatura registrada foi de 3,3°C em 18 de julho de 1975 e a maior de 42,1°C em 16 de outubro de 2008.

O quadro geomorfológico do município é, em grande parte, representado pelo Planalto da Casca e pela Depressão Cuiabana. Predominam os relevos de baixa amplitude com altitudes que variam de 146 a 250 metros na área da própria cidade.

Economia

A economia de Cuiabá, hoje, está centralizada no comércio e na indústria. No comércio, a representatividade é varejista, constituída por casas de gêneros alimentícios, vestuário, eletrodomésticos, de objetos e artigos diversos. O setor industrial é representado, basicamente, pela agroindústria. Muitas indústrias, principalmente aquelas que devem ser mantidas longe das áreas populosas, estão instaladas no Distrito Industrial de Cuiabá (DIICC), criado em 1978. Na agricultura, cultivam-se lavouras de subsistência e hortifrutigranjeiros.

O município, com um PIB de 6,67 bilhões de reais em 2005, de acordo com o IBGE, respondeu por 21,99% do total do PIB estadual, ocupando a primeira posição no ranking. No mesmo ano o PIBesteve acima dos 10.000 reais,superando o PIB per capita de outras capitais como Campo Grande e Goiânia.

Cuiabá gera boa parte da energia elétrica consumida pelo estado. Próxima ao Distrito Industrial, funciona a Usina Termelétrica de Cuiabá. Concluída em 2002 e abastecida com gás natural boliviano, através de um ramal do Gasoduto Brasil-Bolívia, ela tem potência instalada de 480 MW, respondendo, em 2005, por 23,13%, do total da potência instalada do estado.

Turismo

Cuiabá tem vários atrativos turísticos por estar situada em uma região de variadas paisagens naturais, como a Chapada dos Guimarães e o Pantanal, e por ser um município muito antigo, com um patrimônio histórico importante. O turismo de eventos também é crescente no município.

A arquitetura da área urbana inicial de Cuiabá, como em outras cidades históricas brasileiras, é tipicamente colonial, com modificações e adaptações a outros estilos (como o neoclássico e o eclético) com o tempo. Ela foi bem preservada até meados do século XX, mas, depois dessa época, o crescimento demográfico e o desenvolvimento econômico afetaram o patrimônio arquitetônico e paisagístico do centro histórico. Vários prédios foram demolidos, entre eles a antiga igreja matriz, demolida em 1968 para dar lugar à atual.

Somente na década de 1980 ações para a preservação desse patrimônio foram tomadas. Em 1987, o centro foi tombado provisoriamente como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN e, em 1992, esse tombamento foi homologado pelo Ministério da Cultura do Brasil. Desde então vários prédios foram restaurados, entre os quais estão as Igrejas do Rosário e São Benedito, do Bom Despacho e do Nosso Senhor dos Passos, o Palácio da Instrução (hoje museu histórico e biblioteca), o antigo Arsenal da Guerra (hoje centro cultural mantido pelo SESC), o mercado de peixes (atualmente Museu do Rio Cuiabá) e um sobrado onde hoje funciona o Museu da Imagem e Som de Cuiabá (o MISC). A área tombada pelo IPHAN é a que mais preserva as feições originais. As antigas ruas de Baixo, do Meio e de Cima (hoje, respectivamente, as ruas Galdino Pimentel, Ricardo Franco e Pedro Celestino) e suas travessas ainda mantém bem preservadas as características arquitetônicas das casas e sobrados.

Além dos locais já citados, há vários outros para se visitar, como o zoológico, o Museu Rondon (com artefatos indígenas) e o Museu de Arte e Cultura Popular, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, o obelisco e o marco do centro geodésico da América do Sul, a atual Catedral Metropolitana, a Igreja de São Gonçalo no bairro do Porto, a Mesquita de Cuiabá, os parques Mãe Bonifácia e Massairo Okamura, com áreas para exercícios físicos e pistas de caminhada e ciclismo, o horto florestal, na confluência do rio Cuiabá com o Coxipó e o Estádio José Fragelli, conhecido como Verdão.

É possível também visitar as comunidades ribeirinhas, onde se pode conhecer o modo de vida da população local e os artesanatos fabricados por eles, e os rios e baías freqüentados para banho e pesca.

Demografia

Sua população estimada em 2008 foi de 544.737 habitantes.[2] O número de eleitores em maio de 2008 era de 368.751, representando 18,596% do total de eleitores do estado.

O município viveu tranqüilamente até a década de 1960, quando um fluxo de imigrantes começou a vir para o estado, principalmente nas décadas de 1970 e 1980. Nesse período, a população passou de 57.860 habitantes em 1960 para 100.865 em 1970, 213.151 em 1980, 402.813 em 1991 e 483.346 em 2000, perfazendo 19,3% da população total do estado.

Atualmente já existe um projeto para a criação da região metropolitana de Cuiabá,com o objetivo de desenvolver integradamente os municípios do vale do rio Cuiabá,que,com exceção da capital e de Várzea Grande,permaneceram estagnados econômicamente devido a proximidade com o maior centro urbano do estado.

Infra-estrutura

Transporte

O transporte público é feito por ônibus coletivo e táxis, além de micro-ônibus e moto-táxi, já regulamentados pela Câmara Municipal.

Segundo o Detran do MT, a frota de Cuiabá e Várzea Grande é composta por um total de 211.264 veículos (158.275 e 52.989 respectivamente), sendo que 126.952 são automóveis (99.329 e 27.623 respectivamente) e 53.052 são motocicletas/motonetas (36.091 e 16.961 respectivamente) (est. 2006).

Localizado no município vizinho de Várzea Grande, Cuiabá usufrui do Aeroporto Internacional Marechal Rondon (Marechal Rondon), que foi recentemente modernizado, e no ano de 2008 teve fluxo de aparoximadamente 1.400.000 passageiros.

Atualmente, o complexo conta com um terminal de passageiros, com dois pisos, praça de alimentação, lojas, juizado de menores, câmbio, terraço panorâmico, Correios, locadoras, lanchonetes, elevadores, escadas rolantes e climatização. Há também o terminal de logística de carga, o TECA, que movimentou mais de 4.000 toneladas em 2005.

Apesar de recentemente modernizado, o Aeroporto Internacional Marechal Rondon ainda padece de muitas deficiências para que possa suportar o fluxo de passageiros durante a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014 - a qual a cidade foi escolhida para ser uma das sedes.

Educação

Cuiabá é um importante centro educacional de nível médio e superior do estado do Mato Grosso. A cidade é sede do CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica), que oferece cursos técnicos e de nível médio, e da Universidade Federal do Mato Grosso.

Instituições de ensino superior
  • UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso
  • UNIRONDON - Centro Universitário Cândido Rondon
  • UNIC - Universidade de Cuiabá
  • UNOPAR - Universidade do Norte do Paraná
  • FAC - Faculdade Católica Dom Aquino
  • FAUC - Faculdade de Cuiabá
  • ICEC - Instituto Cuiabano de Ensino e Cultura
  • ICE - Instituto Cuiabano de Ensino
  • IFMT - Instituto Federal de Mato-Grosso

Cultura

Boa parte das tradições cuiabanas se deveu, em parte, ao isolamento sofrido pelo município com a decadência econômica. Outro fator que explica parte das características das manifestações culturais é o convívio de várias culturas desde a fundação de Cuiabá, como os índios que ali viviam, os bandeirantes paulistas e os negros levados para lá como escravos. Todos esses fatores se refletem na gastronomia, nas danças, no modo de falar e nos artesanatos.

Ainda hoje permanecem traços característicos da culinária tradicional, cuja base são os peixes, pescados nos rios da região (pacu, pintado, caxara, dourado e outros) e consumidos de várias maneiras, acompanhados de farinha de mandioca, abóbora e banana, em pratos como a maria isabel, a farofa de banana e o pirão. Talvez o mais típico prato local seja a mujica, prato à base de peixe.

São também típicas de Mato Grosso e comuns em Cuiabá várias danças, como o cururu e o siriri, dançadas principalmente nas festas religiosas (como as de São Benedito, de São Gonçalo e do Divino Espírito Santo), bem como o rasqueado cuiabano, dançado nos bailes e festas.

Esporte

Cuiabá possui um estádio, o Estádio José Fragelli (Estádio Verdão).

A capital mato-grossense foi escolhida pela FIFA para ser uma das 12 cidades sedes da Copa do Mundo de 2014, que será realizado no Brasil, desbancando assim a concorrente direta Campo Grande, já que a CBF expressou interesse em ter uma sede no pantanal. Para tal, não somente Cuiabá, mas também toda a região, receberá uma grande quantidade de investimentos para se adequar aos requisitos da Copa, que incluem a criar de centros de treinamento em Chapada dos Guimarães, em Várzea Grande, além da própria Cuiabá. Estão previstas obras como, entre outras, a reformulação do atual Estádio José Fragelli (Verdão), a revitalização do centro histórico da cidade, construção, duplicação e prolongação de avenidas, a modernização do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, a duplicação das rodovias que ligam a capital à Rondonópolis e à Chapada dos Guimarães, a construção de um novo hospital e melhorias no sistema de segurança pública de toda grande Cuiabá. Há, ainda, uma discussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso sobre a construção de uma rede de metrô de superfície interligando pontos de toda a área urbana.

No atletismo a cidade conta com um evento de corrida. A Corrida de Reis é uma corrida de rua com percurso entre cidades de Cuiabá e Várzea Grande, de 10 km, com data sempre prevista no primeiro domingo após o Dia de Reis Magos (6 de Janeiro). É homologada pela Confederação Brasileira de Atletismo e faz parte do calendário de atletas do Brasil e do mundo como uma das principais corridas do Brasil. Conta com uma das maiores premiações nacionais, premiando com um carro popular novo os ganhadores de ambas as duas principais categorias, e premiando também as categorias por faixa etária e categoria especial, atletas com deficiência física, o que atrai a participação até de competidores de renome internacional.

Município de Cuiabá
Vista de Cuiabá
"Cidade Verde"
Brasão de Cuiabá
Bandeira de Cuiabá
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 8 de abril
Fundação 1 de janeiro de 1727
Gentílico cuiabano
Lema
Prefeito(a) Wilson Santos (PSDB)
(2005 – 2008)
Localização
Localização de Cuiabá
15° 35' 45" S 56° 05' 49" O15° 35' 45" S 56° 05' 49" O
Unidade federativa Mato Grosso
Mesorregião Centro-Sul Mato-Grossense IBGE/2008[1]
Microrregião Cuiabá IBGE/2008[1]
Região metropolitana Vale do Rio Cuiabá
Municípios limítrofes Rosário Oeste (N), Chapada dos Guimarães (NE), Campo Verde (E), Santo Antônio do Leverger (S), Várzea Grande (SW), Acorizal (NW)
Distância até a capital 1141 km
Características geográficas
Área 3.538,167 km²
População 550.562 hab. est. IBGE/2009[2]
Metro {{{população_metro}}} hab. est. IBGE/2009[2]
Densidade 148,9 hab./km²
Altitude 165 m
Clima Tropical quente subúmido Awh
Fuso horário UTC-4
Indicadores
IDH 0,821 elevado PNUD/2000[3]
PIB R$ 7 189 521 mil (BR: 41º) - IBGE/2006[4]
PIB per capita R$ 13 244 IBGE/2006[4]
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