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A INQUIETAÇÃO NOS ESTADOS

Júlio de Castilhos era líder republicano no Rio Grande do Sul
nos primeiros anos da República.
Museu Histórico Nacional.

O RIO GRANDE DO SUL

Durante os primeiros anos republicanos, a instabilidade, que caracterizou a vida dos novos estados, teve seu exemplo mais dramático no Rio Grande do Sul.

No final do Império, a política gaúcha era dominada pelos liberais, com Gaspar Silveira Martins à sua frente. Júlio de Castilhos comandava os republicanos. Após a Proclamação, Martins foi exilado e o governo organizado por republicanos históricos, de forte inclinação positivista. Com a sua volta, a oposição se organizou e fundou o Partido Liberal. Ele defendia o parlamentarismo, combatia a ditadura positivista e atraía as dissidências do PPR.

Eleito governador constitucional, Castilhos estabeleceu um sólido controle da situação. Apoiou a dissolução do Congresso e uma rebelião de grande agitação e lutas entre as facções. Os governantes se sucederam. O general Joca Tavares assumiu em junho de 1892. Por seu lado, Floriano Peixoto e os militares promoveram a volta do ex-governador. O estado se viu sob dois governos, cada um recorrendo às armas para se manter.

O castilhismo foi vitorioso e iniciou a repressão à oposição. A violência envolveu o Rio Grande do Sul. Aos federalistas, partidários de Silveira Martins, restou somente a via da insurreição para voltar ao poder. A conseqüência foi a guerra civil: a revolução federalista teve início.

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