OS PRIMEIROS CONFLITOS
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Quintino Bocaiúva, ministro das Relações Exteriores,
despertou oposição ao negociar o tratado com a Argentina.
Museu Republicana de Itú.
OS PRIMEIROS CONFLITOS
A discussão da reforma bancária e a crise financeira já evidenciavam o desgaste do governo provisório. Às contradições entre os grupos no poder - civis e militares - juntaram-se o faccionalismo político nos estados e as pressões pelo estabelecimento da normalidade constitucional.
As controvérsias sobre medidas a serem tomadas marcavam as relações entre os membros do Ministério e entre o presidente e os ministros. Eram seguidas de pedidos de demissão que, ao se concretizarem e darem margem a substituições, criavam mais instabilidade e despertavam oposições. Rui Barbosa, e o próprio presidente, ameaçaram renunciar para pressionar os ministros contrários à reforma financeira. Conseguiram a aprovação, mas Demétrio Ribeiro se afastou, substituído por Francisco Glicério, reforçando a influência paulista.
Um tratado de limites assinado com a Argentina provocou uma campanha contra Quintino Bocaiúva, que o negociara. Rui Barbosa conseguiu moção de solidariedade entre os ministros, mas Aristides Lobo deu lugar a Cesário Alvim. Bocaiúva, por sua vez, acenou com a demissão porque na campanha contra os capoeiras fora preso o filho do dono do jornal "O País", seu amigo.
Os militares, transformados em políticos, dividiam-se e tomavam atitudes que feriam a hierarquia e a disciplina, criticando o governo através dos jornais. Para a indignação de Benjamin Constant, tal fato se somava à concessão de condecorações e patentes militares a todo o ministério para desmoralizar o exército. Foi substituído por Floriano Peixoto, considerado mais enérgico e mais próximo da tropa, mas que logo entrou em conflito pessoal com o presidente.
A ameaça de prisão do diretor e o empastelamento do jornal monarquista "A Tribuna Liberal" por militares apoiados por Deodoro, causou o pedido de demissão de Campos Sales, acompanhado por todo o ministério. Deodoro recuou, porém a conseqüência foi mais abrangente. O atentado à liberdade de imprensa repercutiu entre os republicanos paulistas e entre grupos de civis e militares que vinham tomando posição contra o radicalismo do governo e viam o perigo do poder de Deodoro. Quando o ministério negou garantia de juros a um amigo do presidente para construção do porto de Torres, a demissão ministerial se efetivou. Enquanto isso, as diversas facções políticas nos estados começaram a se movimentar pela legalização do regime e pela convocação da constituinte, rompendo com os radicais e jacobinos militares.
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