Brasil República Velha
O PRESIDENTE E SEU MINISTÉRIO
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Deodoro da Fonseca foi escolhido presidente do
governo provisório em 1889.
Museu do Exército.
Contra-almirante Eduardo Wandenkolk, ministro da Marinha do primeiro ministério da República.
Proclamação dos Membros do Governo Provisório (15/11/1889).
Concidadãos!
O Povo, o Exército e a Armada Nacional, em perfeita comunhão de sentimentos com os nossos concidadãos residentes nas províncias, acabam de decretar a deposição da dinastia imperial e consequentemente a extinção do sistema monárquico representativo.
Como resultado imediato desta revolução nacional, de caráter essencialmente patriótico, acaba de ser instituído um Governo Provisório, cuja principal missão é garantir com a ordem pública a liberdade e o direito do cidadão.
Para comporem este Governo, enquanto a Nação Soberana, pelos seus órgãos competentes, não proceder a escolha do Governo definitivo, foram nomeados pelo Chefe do Poder Executivo os cidadãos abaixo assinados.
Concidadãos!
O Governo Provisório, simples agente temporário da soberania nacional, é o Governo da paz, da fraternidade e da ordem.
No uso das atribuições e faculdades extraordinárias de que se acha investido, para a defesa da integridade da Pátria e da ordem pública, o Governo Provisório, por todos os meios ao seu alcance, promete e garante a todos os habitantes do Brasil, nacionais e estrangeiros, a segurança da vida e da propriedade, o respeito aos direitos individuais e políticos, salvas, quanto a estes, as limitações exigidas pelo bem da Pátria e pela legitima defesa do Governo proclamado pelo Povo, pelo Exército e pela Armada Nacional.
Concidadãos!
As funções da justiça ordinária, bem como as funções da administração civil e militar, continuarão a ser exercidas pelos órgãos até aqui existentes, com relação às pessoas, respeitadas as vantagens e os direitos adquiridos por cada funcionário.
Fica, porém, abolida, desde já, a vitaliciedade do Senado e bem assim o Conselho do Estado.
Fica dissolvida a Câmara dos Deputados.
Concidadãos!
O Governo Provisório reconhece e acata os compromissos nacionais contraídos durante o regime anterior, os tratados subsistentes com as potências estrangeiras, a dívida pública externa e interna, contratos vigentes e mais obrigações legalmente estatuídas.
Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório.
Aristides da Silveira Lôbo, Ministro do Interior.
Tenente-Coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Ministro da Guerra.
Chefe de Esquadra Eduardo Wandenkolk, Ministro da Marinha.
Quintino Bocaiúva, Ministro das Relações Exteriores e interinamente da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Fonte: CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930), 1969, DIFEL, São Paulo, pp. 13-14. Consultar igualmente Leôncio Correa, A verdade sobre o 15 de novembro, trabalho citado nas Indicações Bibliográficas deste bloco.
Proclamada a República
Um governo provisório foi estabelecido na noite daquele mesmo 15 de novembro de 1889. A sua mensagem ao país foi feita em nome do Povo, do Exército e da Armada nacionais. Foi um governo de transição, encarregado de tomar as providências para implantar o novo regime. Pela sua composição, demonstrava o desejo de conciliar os interesses dos diversos grupos sociais que se uniram para proclamar a república. Era sua atribuição garantir a ordem, manter a paz e as liberdades públicas e dirigir a nação, até que os órgãos competentes viessem a escolher o governo definitivo. Tranqüilizou as potências estrangeiras, anunciando que respeitaria os compromissos nacionais internos e externos. Inaugurava-se, assim, o período que chamamos de República Velha.
A presidência coube ao Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, alagoano, fundador do clube Militar, aclamado generalíssimo. O primeiro ministério era composto de republicanos históricos, figuras que haviam participado ativamente das lutas. Para a Justiça foi escolhido Campos Sales, líder republicano realista de São Paulo; para o Interior, Aristides Lobo, republicano histórico substituído por Cesário Alvim, primeiro governador provisório de Minas Gerais; para a Fazenda Rui Barbosa, republicano recente; para a Guerra, o tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, substituído pelo marechal Floriano Peixoto; para a Marinha, chefe-de-esquadra Eduardo Wandenkolk, com grande prestígio em sua arma; para Relações Exteriores, Quintino Bocaiúva, da velha corrente republicana; para Agricultura, Comércio e Obras Públicas, Demétrio Ribeiro, positivista gaúcho, substituído depois por Francisco Glicério, político paulista. Mais tarde, seria criado o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, de efêmera existência, que foi entregue a Benjamin Constant.
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