AS INTERVENÇÕES FEDERAIS


Residência do presidente do Brasil quando a capital do país ainda era o Rio de Janeiro.

AS INTERVENÇÕES FEDERAIS

O sistema liberal e federalista, consagrado na Constituição, não impediu que o governo da União intervisse com freqüência nos estados. Apesar da Carta Magna discriminar as situações em que a intervenção pudesse ocorrer, o objetivo era, freqüentemente, controlar os rumos da política estadual, para adequá-los às mudanças ocorridas no governo federal.

Deodoro da Fonseca substituiu o governador de São Paulo por Américo Brasiliense, adiando as eleições para a constituinte estadual. Em Minas Gerais, Bias Forte foi substituído e a bancada mineira se tornou oposição. No Rio de Janeiro, pôs a máquina federal em apoio a Francisco Portela.

Floriano Peixoto seguiu o mesmo caminho. Para consolidar a nova aliança civil e militar, as administrações estaduais foram reordenadas, pela deposição ou renúncia daqueles que apoiaram o fechamento do Congresso em 1891. A intervenção não se fez de maneira direta. A ação dos constitucionalistas, dos florianistas e de setores das oligarquias estaduais foi incentivada, mesmo onde ocorreu luta armada. O governo federal se negava a restabelecer os governadores legalmente eleitos, alegando o perigo de uma insurreição geral.

As situações estaduais variaram. Em São Paulo, Minas Gerais e Bahia a ação foi mais persuasiva, mais pacífica, e os quadros políticos foram mantidos. No Maranhão, o próprio mensageiro do presidente promoveu a manifestação que depôs Lourenço de Sá. No Ceará, os cadetes da Escola Militar depuseram o general José Clarindo. No Rio de Janeiro, Floriano Peixoto ordenou que o almirante Baltazar da Silveira assumisse o poder. Em Pernambuco, houve luta. À oposição no Congresso somente restava a denúncia inútil dos sucessivos golpes.

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