GOLPES E CONTRAGOLPES


Carta de Floriano Peixoto à nação sobre as sublevações que se seguiam em seu governo.
Museu Histórico Nacional

GOLPES E CONTRAGOLPES

No princípio, Floriano Peixoto teve a seu lado as Forças Armadas, o Partido Republicano Paulista e o Congresso, que aprovou todos os anteprojetos do governo. Muitos dos governadores estaduais também se manifestaram a favor. Porém, logo começaram os movimentos de oposição, armados ou não . Estes eram alimentados pelas disputas políticas nos estados e nas forças armadas. As ações do próprio presidente, junto com a simpatia que despertava entre os positivistas e a juventude das escolas militares, faziam temer pelo estabelecimento de uma ditadura.

A deposição dos governadores e os atos arbitrários do governo mobilizaram os ataques da oposição, que no Senado era representada por Rui Barbosa. Alegava-se a inconstitucionalidade da posse de Floriano, e defendia-se a tese de novas eleições, vista com simpatia por alguns ministros. O Partido Republicano Paulista sustentou a permanência de Floriano e a posse foi legitimada por uma comissão do Congresso.

A oposição também se manifestou sob a forma de movimentos deodoristas. Em 19 de janeiro de 1892, as fortalezas de Santa Cruz e Honório de Macedo. Sem o esperado apoio de civis e militares em terra, foram derrotados. Para facilitar a defesa da ordem, fechou-se temporariamente o Congresso, por proposta de Campos Sales. Os deodoristas também se rebelaram no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo, sem sucesso. Mais tarde, voltaram a se manifestar.

No mesmo ano, treze generais, associados a civis, movimentaram-se para conseguir a renúncia de Floriano Peixoto. Uma multidão se reuniu na Lapa para homenagear Deodoro. O estado de sítio foi decretado, com prisões e pena de desterro. Logo se seguiram a revolução federalista no Rio Grande do Sul e a revolta da armada, derrotadas a ferro, fogo e sangue.

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