O GOVERNO FLORIANO (1891-1894)

Floriano Peixoto ainda jovem.
Fotografia de Carneiro e Gaspar.

O GOVERNO FLORIANO

No dia 23 de novembro de 1891, o marechal Floriano Peixoto assumiu o poder. Era alagoano, formado em engenharia e participou da guerra do Paraguai. Durante o Império, ocupou o cargo de presidente da província de Mato Grosso. Como o de Deodoro, seu mandato foi de muita agitação, porém consolidou a república no Brasil.

Os políticos o receberam com confiança. Contava com o apoio do Partido Republicano Paulista, que chegou a mobilizar São Paulo para fornecer ajuda contra a revolução federalista e a revolta da armada. Em seu manifesto, prometeu restabelecer a Constituição e o império da lei; respeitar a vontade nacional e dos estados; restabelecer os direitos e garantias constitucionais; administrar com economia; fiscalizar a aplicação das rendas do Estado e equilibrar o orçamento. Imediatamente revogou o estado de sítio, convocou o Congresso para o dia 18 de dezembro e declarou completa liberdade de imprensa.

Organizado o ministério, começou a intervir nos estados. Houve deposição e substituição dos governadores, dissolução dos legislativos estaduais, muitas vezes pela força das armas. A reação veio em forma de movimentos rebeldes e de oposição ao novo governo, tanto por parte de militares quanto de civis. Mas contou com o apoio dos republicanos radicais e dos positivistas.

A política econômica e financeira também mudou de rumo, no sentido de superar as conseqüências do Encilhamento. Procurou-se estimular a industrialização, porém com medidas para controlar a inflação e evitar a especulação. Estas não tiveram a eficácia esperada para sanar as dificuldades econômicas e provocaram oposição. A situação continuava difícil, agravada pela crise mundial de 1893 e pelas lutas internas.

Finalmente o governo Floriano foi marcado por rebeliões, que enfrentou com violência, fechamento do Congresso e decretação de estado de sítio. Derrotando-as, acabou por consolidar a república, passando, em 15 de novembro de 1894, o governo para para as mãos do primeiro presidente civil.

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