O JACOBINISMO FLORIANISTA

O JACOBINISMO

A permanência de Floriano Peixoto no poder era defendida por alguns setores, que foram chamados de republicanos jacobinos. Provinham da classe média, do operariado, da juventude civil ou militar, do funcionalismo, dos positivistas e, principalmente, dos quadros do Exército. Seus integrantes se concentravam no Rio de Janeiro e em São Paulo. Eram radicais e nacionalistas, quase xenófobos. Defendiam uma república forte em oposição ao liberalismo. Detectavam ameaças monarquistas nas agitações do período, estendendo sua atividade até o governo civil de Prudente de Moraes.

As vitórias de Floriano Peixoto sobre os rebeldes despertaram a admiração quase fanática dos jacobinos. O presidente os estimulava - a eles atribuía o caráter de defensores da república contra o perigo constante da restauração monárquica e do desmembramento territorial.

Os jacobinos defendiam a manutenção de Floriano ou de outro militar no poder. Tinham profunda desconfiança das lideranças civis. Pressionavam para que as eleições fossem adiadas e para que o presidente não aceitasse o jogo eleitoral. Porém, não conseguiram evitar o encaminhamento dado à sucessão pelos paulistas. Mais tarde se manteriam como foco de oposição e hostilidade ao novo governo.

1 comentários:

Unknown | 30 de agosto de 2018 às 05:30

Encontrar sobre o jacobinismo carioca ou florianista é realmente raro, importante para quem esmiuçar a história do Brasil.

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