SOB O SIGNO DA CRISE


Manuel Vitorino Pereira foi eleito vice-presidente de
Prudente de Moraes pelo Partido Republicano Federal.
Museu da República.

A CRISE

As eleições para a renovação do Congresso e para a sucessão de Floriano Peixoto foram sucessivamente adiadas. O motivo alegado era a situação de guerra civil que o país atravessava. Porém, temia-se um golpe de estado para prorrogar o mandato do marechal.

A escolha dos candidatos foi articulado pelo Partido Republicano Federal: para presidente, Prudente José de Moraes Barros, tendo Manuel Vitorino Pereira como seu vice. Embora se negasse a intervir no processo de sucessão, Floriano Peixoto não aprovava os nomes escolhidos. Apontava para a possibilidade de Prudente de Moraes perseguir os seus correligionários. Sua preferência recaía sobre Rangel Pestana e o capitão Lauro Sodré, mas prometeu dar posse a qualquer que fosse o seu sucessor.

As duas eleições foram realizadas em 1 de março de 1894, com exceção dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os resultados foram confirmados em 22 de junho, pelo Congresso Nacional: Prudente de Moraes eleito com 290.883 votos e Manuel Vitorino com 266.000.

Os batalhões patrióticos paulistas, que lutaram nas guerras civis, permaneceram aquartelados, esperando a posse. Prudente de Moraes chegou ao Rio de Janeiro no dia 2 de novembro de 1894, sem que autoridade alguma o viesse receber. Tomou posse dia 15 de novembro, sem a presença de seu antecessor e de nenhuma autoridade oficial do governo.

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