CAFEICULTURA
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A caricatura mostra uma rua imaginária do Rio de Janeiro no século XX
e os possíveis efeitos da colonização chinesa no Brasil.
Ângelo Agostini, IHGB.
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Sessão da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional onde os fazendeiros decidem
sobre a questão da imigração chinesa, em 17 de novembro de 1870.
IHGB.
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O fim do tráfico negreiro gerou a falta de mão-de-obra para a produção brasileira.
Acima, um dos extintos mercados de escravos.
Museu Histórico Nacional.
MÃO-DE-OBRA E CAFEICULTURA
Com a paralisação do tráfico africano, em 1850, tornou-se fundamental para os setores dominantes encontrar outra opção para suprir as necessidades de mão-de-obra para a lavoura cafeeira em expansão. Inicialmente, a transferência de escravos do Nordeste para o Sudeste atendeu à demanda de cafeicultura. Depois, pensou-se no aproveitamento da chamada "mão-de-obra livre nacional" que vivia no interior ou na periferia dos centros urbanos, fora da economia de mercado, dedicada à sua roça de subsistência. Esta alternativa acarretaria mudanças de comportamento por parte das elites. Primeiro, implicava no pagamento de salários atraentes para que esses homens se submetessem à disciplina da fazenda de café; caso contrário, eles retornariam para o interior. Segundo, seria preciso eliminar o preconceito em relação ao trabalhador livre nacional, acusado de "indolente e preguiçoso". Deve-se acrescentar que os séculos de escravidão geraram uma aversão ao trabalho manual, considerado "trabalho de escravo". A solução era atrair imigrantes para o país.
Uma das propostas cogitadas na época foi a utilização da imigração chinesa, experiência feita por ingleses e franceses em algumas de suas colônias. Os seus defensores alegavam que ela seria uma solução provisória para o suprimento de braços e um meio de preparar a agricultura escravista no período de transição para o trabalho livre. Os seus opositores argumentavam que os chineses não eram "inteligentes" e "dinâmicos" e que "degenerariam" a população brasileira. O mito da superioridade racial permeava o debate. Porém, os projetos sobre o uso da mão-se-obra chinesa não frutificaram em virtude da oposição dos fazendeiros das novas áreas cafeeiras do Oeste Paulista e de uma parcela das elites, que defendiam a imigração européia.
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