O MOVIMENTO REPUBLICANO
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A convenção de Itú foi realizada em abril de 1873. Era na província de
São Paulo que os adeptos se encontravam mais bem organizados.
“Convenção de Itú”, J. Barros, Museu Republicano de Itú, SP.
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Rangel Pestana, um dos signatários do
Manifesto Republicano de 1870.
Museu Republicano de Itú.
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O Brasil era o único país da América que tinha adotado a forma monárquica de governo em virtude da especificidade do processo de independência. A preservação da unidade territorial foi a justificativa utilizada pelas elites políticas para a eliminação das tendências locais e republicanas na primeira metade do século XIX. O bipartidarismo sofreu o primeiro abalo na década de 1860, com a cisão do Partido Liberal. Os dissidentes formaram o partido liberal radical, pleiteando reformas, como uma maior descentralização, autonomia para as províncias, a extinção do Poder Moderador e a abolição da escravidão. Na medida em que aumentavam as dificuldades na implementação das mudanças, o grupo evoluiu para a formação do Partido Republicano.
Em dezembro de 1870, foi fundado, no Rio de Janeiro, o jornal "A República", dirigido por Quintino Bocaiúva, cujo número inaugural estampava na primeira página o Manifesto Republicano, criticando a centralização política e a monarquia: "A centralização, tal qual existe, representa o despotismo". A república era justificada como inerente à América: "Somos da América e queremos ser americanos". O documento, inicialmente, teve pouca repercussão. Porém, logo depois, começaram a surgir adesões, especialmente de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Diversos clubes e jornais republicanos foram fundados.
Duas tendências se desenvolveram no Partido Republicano. Em São Paulo, os membros fundadores antiescravistas começaram a perder espaço para os cafeicultores, descontentes com a aprovação da Lei do Ventre Livre, em setembro de 1871. Este perfil do Partido Republicano Paulista (PRP) ficou claro na convenção, realizada em Itu, um centro cafeeiro, em abril de 1873. Entre os 133 presentes, 78 eram fazendeiros. Um novo congresso foi convocado para São Paulo, em julho de 1873. Entre os principais dirigentes estavam Campos Sales e Martinho Prado Jr. Os republicanos começaram a disputar cargos eletivos a partir de 1876.
No Rio de Janeiro, predominava o grupo urbano e abolicionista. Silva Jardim defendia uma aproximação com os setores populares através de uma mobilização com comícios e conferências. No entanto, os setores mais humildes da população urbana da Corte viam com desconfiança a atuação dos republicanos, principalmente os antigos escravos, pois o imperador Pedro II e a Princesa Isabel desfrutavam de grande prestígio. Uma conferência de Silva Jardim, em janeiro de 1889, foi alvo de manifestações por uma associação de negros, denominada "Guarda Negra", que se propunha a defender a Princesa Isabel e a monarquia. O grupo temia que a República restabelecesse a escravidão. Quintino Bocaiúva tentava obter apoio com setores do Exército, insatisfeitos com a política monárquica. Os republicanos isolados não tinham força para a derrubada da monarquia. O Exército tornou-se peça importante na preparação do terreno para que eles assumissem o poder.
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