PRAGAS E CRISE
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Johan Moritz Rugendas, desenho litografado, acervo Instituto
de Estudos Brasileiros - USP
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Marc Ferrez, 1881, coleção particular, foto sobre papel albuminado.
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Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa.
PRAGAS, ESGOTAMENTO DO SOLO E CRISE
Como produto do desequilíbrio ecológico causado pela destruição das matas, os fazendeiros de café do Vale do Paraíba se viam às voltas com as pragas e a saúva. A partir de 1860, desenvolveu-se uma larva que dizimou uma boa parte da produção do Rio de Janeiro. Esta só voltou a se recuperar a partir de 1865, quando a "moléstia" regrediu naturalmente. Na década de 1880, a "praga de Cantagalo" atingiu violentamente a região.
Além das pragas, a saúva era um outro grande problema para os fazendeiros: causavam enormes prejuízos à agricultura, devorando as folhagens dos cafeeiros. Para eliminá-las, usavam-se escravos desviados do cultivo, responsáveis pela introdução de fumaça nos formigueiros.
À medida em que a cafeicultura escravista se expandia, tornava-se fundamental a existência de uma zona pioneira, onde se desenvolvessem as novas plantações e que fosse responsável pela manutenção do volume de produção quando os cafeeiros antigos fossem abandonados. A possibilidade de obtenção de matas virgens dificultava quaisquer tentativas de recuperação do solo através de fertilizantes ou métodos de adubação, pois enquanto os limites fossem móveis, os proprietários adotariam técnicas predatórias de cultivo, evitando despesas desnecessárias.
Quando os métodos de cultivo esgotaram o solo, exaurindo também a mão-de-obra, começou a crise da região. Cidades opulentas, como Vassouras, entraram em um estado de paralisia que se reflete até os nossos dias. No lugar dos antigos cafezais, a capoeira, o capim baixo e o gado ocuparam o Vale do Paraíba durante um largo período. As "cidades mortas" com seus casarões atestam a existência de uma época de fausto garantida pelas terras férteis e uma força de trabalho compulsória. A região perdeu a hegemonia para o Oeste Paulista.
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