TENSÕES COM A INGLATERRA
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Guerras do Brasil no século XIX.
Atlas Histórico Escolar, MEC.
TENSÕES COM A INGLATERRA
As relações diplomáticas com os ingleses ocuparam papel preponderante durante o Império, apesar de não serem os principais consumidores do café brasileiro. Os Estados Unidos importavam 50% do produto. No entanto, a Inglaterra tinha grandes investimentos em diversas atividades no Brasil e era a maior fornecedora de produtos manufaturados. Esta situação não implicava, obstante, numa subordinação total aos interesses britânicos. Pode-se citar a criação das tarifas Alves Branco, em 1844, elevando as alíquotas de importação e a protelação do governo imperial em relação ao término do tráfico negreiro, só efetivada em 1850.
Os atritos com a Inglaterra não terminaram com a supressão do tráfico africano. Dois incidentes ocorridos na década de 1860, conhecidos como "Questão Christie", servem de exemplo. O primeiro decorreu da pilhagem da carga de um navio "Prince of Wales", naufragado no litoral do Rio Grande do Sul em 1861, por pescadores gaúchos. O segundo aconteceu no ano seguinte, quando dois oficiais ingleses, embriagados, provocaram confusões no Rio de Janeiro e acabaram sendo presos; foram soltos logo depois. O embaixador inglês, Willian Dougal Christie, exigiu indenização referente ao valor das mercadorias do navio e pedido de desculpas do governo por causa da detenção dos dois membros da marinha inglesa. Como o governo imperial não atendeu às exigências, Christie ordenou que navios ingleses apresassem, fora do porto do Rio de Janeiro, cinco embarcações mercantes brasileiras. O fato causou enorme protesto popular na Corte, obrigando o Imperador a romper relações diplomáticas com a Inglaterra, situação que perdurou até 1865, após o laudo do arbitramento do Rei Leopoldo I, da Bélgica, favorável ao Brasil. Apesar desta decisão, o governo imperial já tinha indenizado os proprietários da carga roubada.
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