PARTIDOS POLÍTICOS NO IMPÉRIO
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Eusébio de Queiroz foi um importante político
da facção conservadora do Império.
Museu Histórico Nacional.
PARTIDOS POLÍTICOS NO IMPÉRIO
Liberais e Conservadores, ou luzias e saquaremas, tinham uma origem comum. Ambos eram egressos da facção liberal moderada que conduziu o governo durante a Regência, cindindo-se, no período de Feijó, em progressistas e regressistas, respectivamente. Assim, nada mais natural que os liberais no poder adotassem medidas de caráter conservador. A expressão de um contemporâneo serve para aquilatar esta faceta da política imperial: "o partido que sobe entrega o programa de oposição ao partido que desce e recebe deste o programa de governo". Os liberais passavam, assim, de um momento para outro, a serem conservadores. A expressão de Holanda Cavalcanti, político pernambucano do Império - "Nada mais parecido com um saquarema como um luzia no poder" - caracteriza esse espírito camaleônico dos membros dos dois partidos.
"Saquarema" era a denominação inicial dos conservadores. Ela se originou do município fluminense de Saquarema, onde um dos líderes do grupo - José Joaquim Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí - possuía uma fazenda. Outros componentes importantes da facção foram: Honório Hermeto Carneiro Leão, futuro Marquês do Paraná; José Clemente Pereira; Paulino José Soares de Sousa, futuro Visconde de Uruguai; Eusébio de Queiroz; Araújo Lima, o Marquês de Olinda e Bernardo Pereira de Vasconcelos, entre outros. Os conservadores eram originários dos regressistas, sendo responsáveis pela centralização.
"Luzia" era a denominação dos liberais. Uma alusão à vila de Santa Luzia, em Minas Gerais, local onde ocorreu a sua maior derrota nas revoltas de 1842. O núcleo originário dos liberais era o grupo progressista ligado a Feijó. Os luzias, ou liberais, defendiam a monarquia federativa opondo-se ao poder moderador e ao senado vitalício. Esta oposição se justifica porque os conservadores dominavam o Senado e o Conselho de Estado.
As organizações partidárias imperiais buscavam criar instrumentos para aliciar, manipular e coagir o eleitorado. Conservadores e Liberais não aceitavam a vontade popular como base de um governo representativo; predominava uma política clientelista para reforçar as estruturas de poder.
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