AS FINANÇAS PÚBLICAS

AS FINANÇAS


Telegrama de Rui Barbosa sobre o fim da monarquia no Brasil.


Rui Barbosa, revisor do anteprojeto da Constituição.

Ao findar-se o Império, os recursos obtidos pela exportação de produtos agrícolas garantiam a reprodução das atividades primário-exportadoras. Ao mesmo tempo, os impostos sobre as importações eram a principal fonte de financiamento das despesas do governo. Desse fato decorria a necessidade de controle cambial e monetário para manter o equilíbrio, quando os preços externos ou o volume das exportações declinavam. Quando havia crise no mercado externo, a moeda nacional era desvalorizada. Assim, as rendas do setor cafeeiro, embora diminuindo em moeda estrangeira, eram mantidas em moeda local desvalorizada. Da mesma maneira, os ingressos do governo eram assegurados com a subida dos preços das importações.

Tal prática acabava se traduzindo em inflação, aumento dos preços de bens de consumo corrente, déficit, emissão de papel-moeda e endividamento externo crescente. As finanças públicas sempre andavam mal, porque não havia outras fontes de arrecadação. Segundo Rui Barbosa, a República herdou um significativo passivo do Império.

0 comentários:

Postar um comentário