A SOCIEDADE

A SOCIEDADE

Paisagem urbana no final do século XIX.
B. Treidler.

Da mesma maneira que a economia, a sociedade no final do Império apresentava-se mais diversificada e diferenciada. Ela continuava a refletir o predomínio das atividades agro-exportadoras sobre as industriais, do latifúndio sobre a pequena propriedade e do mundo rural sobre o urbano. Porém, a estratificação social se tornara mais complexa com o crescimento econômico e com o aparecimento de novos grupos sociais, no campo e na cidade.

Os setores dominantes da sociedade ainda eram as famílias de fazendeiros, especialmente ligados à agricultura de exportação. O seu círculo incluía proprietários de terras, profissionais de nível superior, empregados, comerciantes, burocratas e políticos. Sua influência se exercia tanto na vida rural quanto urbana. A eles se subordinava uma boa parte dos trabalhadores rurais, constituída de libertos, que se misturavam aos nacionais e aos imigrantes. A mão-de-obra rural era composta de não-proprietários, mas uma pequena parcela detinha alguma forma de posse de terra, como colonos, agregados, rendeiros, parceiros.

No campo existiam poucos grupos intermediários. Em certas regiões, especialmente no Sul, imigrantes foram estabelecidos em colônias de pequenos proprietários, dedicados principalmente à produção de alimentos. Na cafeicultura, alguns colonos conseguiram comprar terras.

Nas cidades, já se podia encontrar um importante segmento ligado às finanças, ao grande comércio de exportação e à manufatura. Apesar da pouca expressão da indústria, o proletariado começava a crescer. As condições do desenvolvimento urbano também permitiram o crescimento e a diferenciação de setores intermediários: profissionais liberais, funcionários públicos, artesãos, pequenos e médios comerciantes, não ligados aos interesses agrários.



Espanhóis

Portugueses

Alemães

Absoluto

Relativo (%)

Absoluto

Relativo (%)

Absoluto

Relativo (%)

395.844

15,59

460.479

18,15

69.161

2,72

300

2,65

1.660

14,65

1.091

9,63

5.538

3,02

22.163

12,32

2.354

1,28

86.994

11,84

59.011

8,03

7.176

0,98

88.524

24,07

57.097

15,52

3.881

1,06

135.326

30,30

132.682

29,71

6.731

1,51

63.814

13,10

113.366

23,27

32.719

6,71

6.584

3,20

36.284

18,31

10.397

5,25

1.317

2,44

18.114

33,55

2.091

3,87

7.447

13,41

20.102

36,20

2.721

4,90

Fonte: Boletim do Departamento de Imigração e Colonização apud Nogueira, Arlindo Rocha. A imigração japonesa para a lavoura cafeeira paulista (1 908-1 922) São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 1973.

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