A REPÚBLICA NOS ESTADOS


O novo escudo nacional de 19 de novembro de 1889.
Documentos e Autógrafos Brasileiros.


A nova bandeira nacional, adaptada pela república em 19 de novembro de 1989.
Documentos e Autógrafos Brasileiros.


Documento oficial de Prudente de Moraes, ainda no governo
do estado de São Paulo, em 1890, comunicando os novos
símbolos nacionais: a bandeira e as armas.
Documentos e Autógrafos Brasileiros.


A REPÚBLICA NOS ESTADOS

O estabelecimento da República nas antigas províncias diferenciou-se de acordo com a força e a organização local do partido republicano e dos liberais e conservadores. Variou também com o grau de aceitação dos representantes do antigo regime. Porém, a transição não foi traumática. A preocupação maior, inclusive para os monarquistas, era evitar perturbações na ordem. As adesões se sucederam e, em algumas situações, na organização dos governos estaduais, republicanos históricos foram preteridos em favor de antigos monarquistas, os tradicionais donos do poder político e da riqueza material. Em outras, liberais e conservadores continuaram a participar da administração.

Em São Paulo, informado na véspera do golpe, o Clube Republicano se adiantou, organizou-se para a luta, controlou o povo nas ruas e estabeleceu o novo regime. No dia 16, o presidente da província, general Couto Magalhães, entregou o poder a um triunvirato. Este era formado por Prudente de Moraes, Rangel Pestana e Américo Brasiliense, que tomaram posse na Câmara Municipal, com a presença do antigo governante.

Em Minas Gerais, o Engenheiro Antonio Olinto dos Santos Pires recebeu o poder do presidente Visconde de Ibitiruna, sem incidente algum. Mais tarde, Cesário Alvim foi nomeado governador. No Rio de Janeiro, Francisco Portela foi o indicado e desfrutou do apoio do chefe do partido conservador, Conselheiro Paulino de Souza. No Rio Grande do Sul, os líderes republicanos se reuniram e indicaram o Visconde de Pelotas como governador e Júlio de Castilhos como secretário de estado.

Na Bahia, o coronel Buys instalou o novo regime com apoio de civis. Houve esboço de resistência, e Manuel Vitorino Pereira, para contrariedade dos republicanos históricos, foi nomeado governador. Colocou elementos de sua confiança nas intendências e pressionou os históricos. Já em Pernambuco, estes predominaram e por sua vez hostilizaram os novos governos, mas não evitaram lutas internas.

O processo foi análogo nos outros estados. O novo governo se impôs contando com a proteção do exército e do governo federal, surpreendendo os antigos ocupantes no poder. Mas agasalhou divisões entre as diversas facções e alimentou oposições que não tardaram a se manifestar, tanto em âmbito estadual quanto nacional.

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