AÇUCAR NO RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO


Moinho de açúcar perto do Rio de Janeiro no início do século XIX.
J. M. Rugendas, desenho aquarelado.

LAVOURA AÇUCAREIRA NO RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO

Embora o Nordeste sempre tivesse um lugar de destaque na lavoura açucareira, a produção do Rio de Janeiro não pode ser menosprezada. Desde o início do processo de colonização, existia um número elevado de engenhos e engenhocas no litoral fluminense, em Parati, Angra dos Reis e no recôncavo da Guanabara. A exploração aurífera, no século XVIII, e o comércio entre o litoral e Minas Gerais favoreceram a expansão dos canaviais na região. Nos antigos "caminhos do ouro", ligando o Rio à região mineira, muitas dessas terras, inicialmente dedicadas ao cultivo da cana, no final do século XVIII e início do XIX, foram transformadas, posteriormente, em fazendas de café. No entanto, Campos era a principal área açucareira da província fluminense, mantendo elevada a sua produção durante o Império e a República, principalmente com a introdução de usinas no final do século XIX.

A província de São Paulo tinha uma pequena produção açucareira na primeira metade do século XIX. Ela ensejou a existência de um esquema precário de transporte, através de tropas de mulas com destino aos portos de Santos e do Rio de Janeiro e uma fraca rede de comercialização que deram posteriormente condições infra-estruturais para a expansão cafeeira. Segundo Ferreira Soares, que escreveu a respeito da agricultura brasileira em 1860, muitos senhores de engenho do interior paulista trocaram a lavoura de açúcar pela do café. Deve-se destacar, também, o fabrico da aguardente, bastante disseminado nos engenhos e engenhocas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

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