A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS


Imigrantes alemães fundaram a Colônia Dona Francisca (atual Joinville), na província
de Santa Catarina, com um dote da princesa de Joinville. Foto de 1866.
J. O. L. Niemeyer, coleção Dona Thereza Christina Maria,
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.


Lida de gado no sul de Goiás, no início do século XIX.
J.M. Rugendas.

Negros transportam porcos para a cidade.
J. B. Debret, Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil.

A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Na economia brasileira do Império existiram regiões que destinavam a sua produção basicamente para o mercado interno. A lavoura de alimentos como milho, feijão e mandioca, além dos derivados da criação de bovinos e porcos, ocuparam um lugar importante, principalmente em Minas Gerais. Toucinho, carne salgada e porcos, produtos destinados ao consumo popular e de escravos, destacavam-se nas exportações mineiras para outras províncias.

Apesar deste quadro, a província de Minas Gerais tinha o maior número de escravos durante o Império: em 1872 possuía 24,5% do total existente no Brasil. Este aspecto se relaciona à existência de um forte setor exportador - lavoura cafeeira - , embora as regiões produtoras de alimentos e de atividades criatórias concentrassem o maior número de cativos.

Nas províncias sulistas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul houve uma forte corrente imigratória, constituída principalmente de alemães que se dedicaram à produção de alimentos, além da criação de porcos, galinhas e gado leiteiro. As principais colônias na região eram São Leopoldo, no Rio Grande do Sul; e Blumenau, Brusque e Joinville, em Santa Catarina, caracterizadas por pequenas e médias propriedades. Além da lavoura de gêneros alimentícios, os alemães introduziram o cultivo de frutas até então desconhecidas no Brasil, como a maçã.

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