O REGRESSO E A ORDEM





















Evaristo Ferreira da Veiga e Barros, nascido no Rio de Janeiro
em 1799, tornou-se célebre defensor intransigente do liberalismo.
Ele exercia seu poder de influência através de seu periódico
chamado Aurora Fluminense.
Galeria dos Brasileiros Ilustres, 1861,
Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.


O REGRESSO E A ORDEM

Para as elites políticas da regência, era fundamental eliminar o "vulcão da anarquia" representado pelas várias revoltas. Era necessário "parar o carro da revolução", segundo Bernardo Pereira de Vasconcelos, que ameaçava a unidade territorial. A renúncia de Feijó e a posse de Araújo Lima, em 1837, ensejaram as condições políticas favoráveis para o que se denominou "regresso", ou seja, o retorno à centralização.

Seus simpatizantes eram denominados "regressistas". Este grupo representava os liberais moderados que fizeram oposição à regência de Feijó e apoiaram Araújo Lima, incluindo os antigos restauradores que, depois da morte de Pedro I, se opunham à legislação vigente. Suas principais figuras foram: o próprio Vasconcelos, José Joaquim Rodrigues Torres, Honório Hermeto Carneiro Leão, depois Marquês do Paraná, Paulino José Soares e Eusébio de Queiroz, entre outros, ligados principalmente à lavoura cafeeira do Sudeste, em expansão. Eles também foram denominados "Partido da Ordem". As principais reivindicações dos regressistas eram o fim das leis que permitiram uma maior autonomia para as províncias e o fortalecimento do poder central, com o imperador reinando, governando e administrando.

Os seus opositores ficaram conhecidos por "progressistas", sendo originários da corrente dos liberais moderados que apoiaram Feijó. Destacaram-se Feijó e o jornalista Evaristo da Veiga, que morreu em maio de 1837. Apesar de defenderem a manutenção do Ato Adicional, inexistiam grandes diferenças em relação aos regressistas. Ambas as facções eram regressas dos liberais moderados e deram origem aos dois partidos políticos do Império: Conservador e Liberal. A defesa da ordem se colocava acima das divergências políticas.

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