O MUNDO AMAZÔNICO

Paisagem da Amazônia, 1862.
Joseph Leone Righini.


Cabanas como esta eram o tipo de moradia mais comum na Amazônia na época
da borracha. De 1860 a 1925, muito pouco mudou na zona do extrativismo. As
riquezas iam para os comerciantes da cidade ou da capital.
Foto para o álbum "The New Brasil" feito pelo governo brasileiro em 1901.

O MUNDO AMAZÔNICO

A seringueira, planta nativa da região amazônica, já era conhecida pelos indígenas para a confecção de utensílios e impermeabilização de potes de cerâmica. No período colonial, sua importância era insignificante, sendo explorada com outros produtos extrativos da região, como o cacau e a baunilha, isto é, as chamadas "drogas do sertão". Com a descoberta do processo de vulcanização pelo norte-americano Charles Goodyear, em 1839, que permitiu tornar a borracha mais resistente, iniciou-se um surto de exploração do produto, ainda na década de 1860.

Assim, a economia da Amazônia, na segunda metade do século XIX, vinculou-se ao mercado externo pela produção da borracha. Uma atividade extrativa que se ligou às necessidades da expansão industrial internacional, em especial na última década do século XIX, com a utilização dos pneumáticos. O crescimento econômico da região pode ser avaliado pelo aumento das exportações: de 1.632 t, em 1852, para 24.301.452 t, em 1900. Em 1850, a borracha representava 2% das exportações brasileiras, atingindo, no início do século XX, aproximadamente 25%.

A Amazônia era uma região com um pequeno índice demográfico e o extrativismo da borracha requeria uma grande quantidade de força de trabalho. Esta dificuldade foi solucionada pelo afluxo de um expressivo contingente de mão-de-obra vindo do Nordeste, em virtude das secas que assolaram a região em 1877 e 1880. O declínio da produção da borracha ocorreu na fase republicana, na década de 1910.

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