TEATROS E SALÕES


D. Teresa Cristina e as filhas Isabel e Leopoldina, como toda a elite brasileira, freqüentavam o teatro e as festas nos salões.
Museu Histórico Nacional.


José Tomás Nabuco de Araújo, político, jurista e jornalista.
IHGB in Echo Americano, litogravura de 8-7-1871.

TEATROS E SALÕES

Depois dos concertos líricos, a diversão predileta da elite no Império era ir ao teatro. No palco, predominavam as peças européias encenadas por companhias estrangeiras. Esse panorama só começou a mudar a partir de João Caetano. Ele fundou a primeira companhia teatral nacional e exigiu, em seu primeiro contrato, que só atores brasileiros atuassem. Também modificou algumas técnicas de apresentação, abandonando a rigidez clássica por uma montagem mais livre de textos como Otelo e Hamlet.

Apesar do romantismo ter influenciado os autores brasileiros, sobretudo no aspecto de afirmação nacional, quem mais se destacou foi Martins Pena. Suas obras não exaltavam a grandeza territorial do país e a cordialidade de seus homens, como as românticas. Ele preferia, em suas comédias, geralmente de um único ato, satirizar os costumes do período, inclusive fazendo galhofa da sociedade escravocrata.

Outra forma de lazer da elite era a reunião em salões, ou seja, a promoção de reuniões regulares, em dias fixos da semana, na casa dos mais expressivos membros do Império. Os convidados, depois do jantar, divertiam-se com música de câmara, declamação de poesias, encenação de peças teatrais ou jogos de cartas e dança. Os salões mais concorridos eram o do Marquês de Abrantes, o do conselheiro Nabuco de Araújo e o da princesa Isabel e Conde D'Eu. Reunindo diplomatas, aristocratas, políticos e letrados, os salões eram muito mais que um passatempo para a elite. Neles, eram fechados negócios e discutidas questões políticas do Império.

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