REGÊNCIA UNA DE FEIJÓ


REGÊNCIA UNA DE FEIJÓ

Conforme os preceitos estabelecidos pelo Ato Adicional de 1834, foram realizadas eleições em 1835 para a escolha de um regente único. Apesar do surgimento de outras candidaturas regionais, as duas principais se vinculavam aos liberais moderados: o padre Feijó, apoiado pelo núcleo central dos chimangos, entre os quais Evaristo da Veiga e o deputado por Pernambuco Holanda Cavalcanti de Albuquerque, ligado à denominada "facção holandesa" e a Honório Hermeto Carneiro Leão, futuro Marquês do Paraná.

A eleição realizou-se dentro das normas estabelecidas pela Constituição de 1824 e pelo Ato Adicional. Ela foi realizada em dois níveis, sendo que os eleitores de província, aproximadamente 6.000, escolheram o regente. Os votos demoraram a ser apurados devido às dificuldades de comunicação existentes na época. A apuração iniciou-se em junho, terminando em outubro. Feijó obteve 2.826 votos, enquanto o seu opositor conseguiu 2.251. Muitos outros candidatos foram votados, no entanto nenhum conseguiu mais de mil votos.

Feijó tomou posse em 12 de outubro de 1835, enfrentando uma forte oposição de alguns liberais moderados, como: Bernardo Pereira de Vasconcelos, Honório Hermeto Carneiro Leão e José Joaquim Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí. O aprofundamento da cisão dos moderados e a intensificação das diversas revoltas nas províncias dificultaram o seu governo. Diante deste quadro adverso e sem forças para parar o "carro da revolução", Feijó renunciou em 18 de setembro de 1837, assumindo a regência interinamente o senador por Pernambuco Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda.

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