MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS


Folha de rosto da partitura de "O Guarani" e partitura manuscrita do
"Hino Triunfal a Camões", obras de Antônio Carlos Gomes.
Museu Histórico Nacional.


Fac-símile da página de rosto do primeiro tomo da
Edição Príncipe de Jean Baptiste Debret.


"Floresta brasileira", 1853, de Manuel de Araújo Porto Alegre.

MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS

Apesar do sucesso das modinhas no âmbito doméstico, o cenário musical durante o Império foi dominado pelo canto lírico. Apaixonado por ópera, Pedro II não poupou esforços nem dinheiro para tentar transformar o país em um importante centro erudito. Quando Francisco Manuel da Silva resolveu criar o Conservatório Nacional de Música, na década de 1850, para facilitar a educação musical de novatos sem recursos, recebeu apoio financeiro do imperador. Em 1857, foi fundada a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, também com benesses do governo. Os músicos e compositores mais talentosos recebiam uma verba anual para aperfeiçoar seus estudos na Europa. Este foi o caso do compositor Carlos Gomes, o representante mais ilustre da música no período. Depois de fazer sucesso com duas óperas, Carlos Gomes foi estudar em Milão, onde criou "O Guarani", baseado na obra de José de Alencar. Seu maior mérito foi compor em português e utilizar temas nacionais. A partir de 1871, a elite passou a se reunir no Teatro Lírico, onde além de se apreciar árias, discutia-se, nos intervalos, negócios e política.

As artes plásticas no século XIX, no Brasil, foram marcadas pela vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, que trouxe artistas expressivos, como o pintor Jean Baptiste Debret, o escultor Auguste Taunay e o arquiteto Grandjean de Montigny. O grupo opunha-se ao estilo rococó do barroco e preferia o neoclassicismo baseado no legado romano. Esta corrente imperou no Brasil por um bom período e garantiu a sua continuidade através da criação, em 1826, da Academia de Belas Artes, planejada pelos mestres franceses. O ensino superior de artes plásticas sofreu sua primeira renovação em 1854, quando Manuel de Araújo Porto Alegre foi nomeado diretor da Academia. Ele incentivou a pesquisa e a arte nacional em vez de cópias da Antiguidade. Os pintores mais conhecidos do período, como Vítor Meireles, reproduziram em seus quadros monumentais cenas históricas.

0 comentários:

Postar um comentário