APOGEU (1850-1870)








Fazenda de café entre Magé e a Serra dos Órgãos.
Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa.

PRIMÓRDIOS DA CAFEICULTURA

Inexistem dados precisos sobre a introdução da cafeicultura no Brasil. Atribui-se a Francisco de Melo Palheta as primeiras plantações no Pará, em 1727, com sementes que ele obteve em uma expedição realizada à Guiana Francesa. Concretamente, Belém, no século XVIII, exportava o produto para a metrópole. O café já era conhecido na Europa, sendo considerado um produto de luxo. Por volta de 1760, temos as primeiras notícias a respeito do seu cultivo nas cercanias da cidade do Rio de Janeiro.

Inicialmente, tratava-se de uma cultura de quintais e chácaras em lugares que hoje formam o perímetro urbano e suburbano da cidade. Do Arraial do Mata-Porcos, atual bairro do Estácio, o café seguiu sua expansão rumo às serras da Tijuca e da Gávea, em direção a Jacarepaguá e Campo Grande. A Tijuca, no início do século XIX, era o local onde havia as maiores lavouras. As condições climáticas, favoráveis ao desenvolvimento cafeeiro e, também, a fuga dos brejos e pântanos, que existiam no centro do Rio, com suas doenças e mosquitos, tornaram o lugar atraente para as primeiras plantações. O aumento do cultivo processou-se rapidamente, atingindo São João Marcos e Campo Alegre (atual Resende). A partir desta região a lavoura cafeeira se estendeu para o Vale do Paraíba.

A cidade do Rio de Janeiro tornou-se o pólo irradiador da cafeicultura para o Vale do Paraíba. As condições geográficas existentes na região, os recursos originários das minas e do setor de subsistência mercantil foram fundamentais na formação dos primeiros cafezais. Esses fatores internos aliaram-se à conjuntura internacional, favorável às exportações agrícolas brasileiras do final do século XVIII e início do XIX. Os Estados Unidos, independentes da Inglaterra, transformaram-se nos grandes consumidores do produto. O mercado externo agiu como o grande impulsionador da lavoura cafeeira.

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