INTERVENÇÕES DO IMPÉRIO


Guerra da Cisplatina.
Museu Histórico Nacional.

Guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata.
Atlas Histórico Escolar, MEC.

Guerra de Oribe e de Rosas.


O ditador argentino Juan Manuel Rosas tentou restabelecer o Vice-Reino do Prata, incluindo o Paraguai e o Uruguai, mas teve suas pretensões combatidas pelo governo imperial.


A 3 de fevereiro de 1852, diante do povoado de Monte Caseros e da Quinta dos
Santos Lugares, travou-se a batalha que pôs fim à guerra contra o ditador Rosas.
As forças rosistas foram derrotadas pelo exército aliado, formado por tropas
brasileiras e uruguaias e por seguidores do General Urquiza.

INTERVENÇÕES DO IMPÉRIO NO PRATA

Durante o século XIX, o Brasil teve relações conflituosas com os países vizinhos, em especial com aqueles da área platina. A única monarquia sul- americana era vista com desconfiança pela Argentina, Paraguai e Uruguai, repúblicas formadas após o desmembramento do antigo Vice-Reino do Prata. O confronto de interesses, herança do colonialismo espanhol e português na região, girava em torno do controle na navegação da bacia do Prata.

O Uruguai tornou-se independente do Brasil, em 1828, após uma guerra de três anos entre o Império e a Argentina. A Inglaterra, em função dos seus interesses econômicos na região, garantiu a criação do Uruguai, pois permitiria a livre navegação no estuário platino. Depois da independência, organizaram-se dois partidos: blancos e colorados, apoiados respectivamente pela Argentina e Brasil. Este envolvimento dos dois países na política interna do Uruguai vinculava-se diretamente ao expansionismo na bacia do Prata. O Império brasileiro exercia uma forte influência econômica no país através do Banco Mauá, assim como lutava para a preservação da liberdade de acesso, através dos rios, à província do Mato Grosso. Ainda havia as questões dos charqueadores gaúchos, que sofriam a concorrência do produto platino.

A ascensão de Juan Rosas ao poder na Argentina, em 1835, e suas ações para consolidar a hegemonia de Buenos Aires sobre as demais províncias, desencadeou reações por parte do Brasil, da Inglaterra e da França. O governo imperial apoiava as forças contrárias a Rosas e também os grupos políticos uruguaios receosos de um expansionismo argentino. Após um longo período de tensão e conflitos fronteiriços envolvendo brasileiros, argentinos e uruguaios, o Império estabeleceu uma aliança com os colorados uruguaios e opositores de Rosas das províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios. Era a forma de derrubar o governo Rosas, que poderia dificultar a navegação no Prata caso incorporasse o Uruguai, além de prejudicar os interesses de Mauá e dos seus sócios ingleses. Na retaguarda brasileira estava a Inglaterra. Em 1851, as tropas aliadas garantiram a ascensão do colorado Urquiza ao governo uruguaio. No ano seguinte, forças brasileiras e uruguaias, armadas pela Inglaterra, derrotaram Rosas, afastando do Prata, pelo menos temporariamente, os grupos contrários ao governo imperial brasileiro.

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