FONTES DE IMIGRANTES


Imigrantes italianos no Espírito Santo, onde
fundaram inúmeras cidades, incluindo Vitória.

Tabela 1 - Imigração alemã no Brasil períodos de 1824-1847 a 1960-1969

Períodos

Imigrantes

1824-1847

8.176

1848-1872

19.523

1872-1879

14.825

1880-1889

18.901

1890-1899

17.084

1900-1909

13.848

1910-1919

25.902

1920-1929

75.801

1930-1939

27.497

1940-1949

6.807

1950-1959

16.643

1960-1969

5.659

Fonte: Mauch, Claudia, Vasconcelos, Naira (Org.). Os alemães no sul do Brasil: cultura, etnicidade e história.Canoas : Ed. Ulbra, 1 994. D. 165.

FONTES DE IMIGRANTES: A SITUAÇÃO EUROPÉIA

Na segunda metade do século XIX, especialmente a partir de 1870, novas nações, como a Alemanha, França, Bélgica, Itália, Estados Unidos e Japão, ingressaram na etapa capitalista, disputando com a Inglaterra as fontes de matérias-primas e mercados. A expansão do capitalismo, o melhoramento dos meios de transporte como as ferrovias e a navegação a vapor e as novas descobertas científicas aliaram-se ao crescimento populacional.

Em contrapartida, a incorporação de terras e de mão-de-obra às atividades comerciais e industriais provocou a expropriação de muitos camponeses, dedicados à lavoura tradicional e comunitária. Alguns foram absorvidos como trabalhadores assalariados pela agricultura capitalista. Outros migraram para as cidades, como operários nas indústrias nascentes, ou então formaram uma massa de desempregados que perambulava pelas ruas dos centros urbanos europeus. Um contingente expressivo buscou novas oportunidades nos Estados Unidos, na Austrália e na América do Sul.

Os italianos e alemães formaram o maior número de imigrantes para o Brasil, a partir de 1870. Além dos problemas inerentes à expansão do capitalismo, a Itália e a Alemanha foram atingidas pelas guerras ligadas ao processo de unidade territorial. O maior contingente era originário da Itália. Uma boa parte da população italiana vivia no campo; no entanto, apenas um sexto dos agricultores cultivavam a sua própria terra. A unificação da Itália favoreceu o crescimento das indústrias do norte, provocando a falência das pequenas manufaturas do sul e grande desemprego. A expulsão do campesinato e a exploração comercial da agricultura ocasionaram o surgimento de uma massa de desempregados tanto nas cidades quanto nos campos. Assim, a partir de uma intensa propaganda desenvolvida pelas agências contratadoras de imigrantes, muitos vieram para o Brasil na esperança de conseguir melhores condições.

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